Novo salário mínimo: enfrentando a crise com distribuição de renda

Desde 1º de fevereiro o novo salário mínimo nacional passou de R$ 415,00 para R$ 465,00, um aumento de R$ 50,00, que significou um reajuste de 12,05%, ou seja, 6% acima da inflação do período, acumulando um aumento real de 45% desde 2003.
Neste momento, é importante relembrar que o atual aumento do salário mínimo é resultado do acordo firmado entre o governo federal e as centrais sindicais em 2007, que prevê uma política de valorização do salário mínimo até 2023.
A regra definida até 2011 é o reajuste da inflação mais um aumento real equivalente a variação do PIB de dois anos anteriores e a antecipação da data-base de sua correção, a cada ano, até ser fixada em janeiro, em 2010.
O novo salário mínimo vai beneficiar 43,4 milhões de brasileiros, sendo 25,6 milhões de trabalhadores ativos e 17,8 milhões de aposentados, injetando na economia cerca de R$ 28 bilhões, recursos importantes para se atenuar os impactos da crise internacional.
Porém, para além do papel macro-econômico do novo valor do salário mínimo neste atual cenário, ele significa um aumento real no poder de compra de parcela significativa da população e, consequentemente, mesmo que ainda aquém do que desejamos, uma melhora de sua condição de vida.
Se para a parcela mais rica da população que reclama a perda de milhões na atual crise financeira, R$ 50,00 pode parecer pouco, mas para a maioria das famílias brasileiras vai significar mais comida em suas mesas.

Subseção DIEESE