Novo salário mínimo injetará mais R$ 21 bilhões na economia

Os R$ 35,00 de acréscimo no salário mínimo vão injetar cerca de R$ 21 bilhões na economia nos próximos 12 meses. O mínimo foi reajustado em 9,21% e, desde sábado, passou de R$ 380,00 para R$ 415,00.

O governo federal reajustou
o salário mínimo em
9,21%, que a partir do dia 1º
passou de R$ 380,00 para R$
415,00. O aumento vai beneficiar
cerca de 45 milhões
de trabalhadores, sendo 17
milhões de aposentados e
pensionistas da Previdência.

Pelas regras acertadas
entre o governo e as centrais
sindicais, a fórmula de
correção do mínimo leva em
conta a variação da inflação,
estimada em 4,9%, mais o
aumento do PIB de dois
anos atrás, de 3,75%.

O texto do projeto de
lei que está no Congresso
prevê a antecipação em um
mês do reajuste. Neste ano
o reajuste está valendo desde
este mês e, em 2010, ele será
em janeiro.

A inflação oficial será
conhecida no dia 11. A Previdência
informou que vai
esperar a divulgação desse
percentual para definir o
índice de reajuste para apodentados
que ganham acima
do mínimo.

O novo salário mínimo
vai injetar cerca de R$ 21
bilhões na economia nos
próximos 12 meses.

O rejuste do mínimo foi
por medida provisória, uma
vez que o projeto de lei enviado
pelo governo há dois
anos ainda não foi aprovado
pelo Congresso.

Aumento faz bem à população,
diz diretor do Dieese

O diretor técnico do
Dieese, Clemente Gans Lúcio,
disse que o aumento do
salário mínimo só traz benefícios
para o País.

Ele contestou estudo da
Fundação Getúlio Vargas de
que o aumento do mínimo
pode causar nas áreas pobres
mais desemprego e informalidade
do que o aumento
conquistado.

“O salário mínimo cresce
há quatro anos e, ao contrário
desse estudo, a formalização
vem crescendo e o
consumo dos mais pobres estimula
a economia de forma
diferenciada”, comentou.

Ele afirmou ainda que
o mínimo, junto com os
demais programas de transferência
de renda aos mais
pobres, contribui para que
a economia seja revigorada
pela população que sempre
foi excluída.

Com Lula,
37% de real
acumulados

A política de recomposição
do poder de compra
do salário mínimo foi acertada
há dois anos entre as centrais
sindicais, o presidente
Lula e o então ministro do
Trabalho Luiz Marinho.

Para o presidente da
CUT, Artur Henrique, essa
política de valorização
do salário mínimo deve ser
encarada como um avanço
e uma prova de que a organização
e a mobilização dos
trabalhadores vale a pena.

“A CUT liderou três
marchas nacionais pelo salário
mínimo, entre 2004 e
2006 e, em seguida, negociamos
esse acordo”, comentou.

Desde o início do governo
Lula o aumento real
acumulado é de 37%.

O que muda com o novo salário mínimo

A contribuição mínima do INSS sobe para R$ 33,20.
O valor mínimo do seguro desemprego e o abono salarial do
PIS/PASEP também sobre para R$ 415,00.
O salário das domésticas também sobe para R$ 415,00.