Número de brasileiros na pobreza triplica em seis meses

Metalúrgicos mais uma vez mostram força da solidariedade na categoria e intensificam campanha de arrecadação de alimentos

Foto: Divulgação

Diante da pandemia do coronavírus e da falta de políticas sociais e econômicas, o número de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza triplicou. Passou de 9,5 milhões em agosto de 2020 para mais de 27 milhões em fevereiro de 2021, atingindo 12,8% da população brasileira, segundo levantamento divulgado este mês pela Fundação Getúlio Vargas.

O estudo também aponta que muitas famílias tentam sobreviver com o valor de R$ 246 por mês. De acordo com os pesquisadores, os altos níveis de desemprego e a ausência de políticas públicas dificultaram o acesso à renda, levando ao pior cenário da pobreza no Brasil, nos últimos dez anos.

“O presidente tem uma verdadeira atitude genocida”

“Além de não implantar políticas públicas para acabar com a fome e com o desemprego, ainda incentiva o caos, aglomerações, o não uso das máscaras e indica medicamentos sem ser médico”, lembrou o coordenador da representação na Mercedes, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max.

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Drive Thru solidário é sábado

Toda a categoria e também a comunidade está convidada a participar do drive thru solidário para arrecadação de alimentos e produtos de higiene que será realizado no próximo sábado, 17, no estacionamento da Sede, das 9h às 17h.

“A solidariedade sempre foi um valor dos Metalúrgicos do ABC e já esteve presente em diversas outras campanhas”.

“Agora, neste momento crítico estamos realizando mais essa arrecadação de alimentos e produtos de higiene nas fábricas. Participe do nosso drive thru solidário no próximo sábado e vamos ajudar a matar a fome da população mais carente”, reforçou o dirigente.

Vaquinha

Na Mercedes, em São Bernardo, além da arrecadação dos alimentos e produtos na sala da comissão, também está sendo feita uma vaquinha virtual para a compra de cestas básicas. O link para doação é o vaka.me/1960176.

Cesta básica 

Levantamento do Dieese divulgado no último dia 8 aponta que, nos últimos 12 meses, a inflação da cesta de alimentos teve aumento superior a 20% na maioria das capitais.

O custo médio da cesta básica caiu em 12 capitais brasileiras, entre fevereiro e março. Outras cinco capitais, no entanto, ainda registraram aumento.

A principal explicação para a recente redução, contudo, é a queda na renda das famílias. Sobretudo, diante da suspensão do auxílio emergencial, que voltou a ser pago apenas em abril, com valores ainda menores.

Em São Paulo, o valor da cesta básica ficou em R$ 626 em março. Ou seja, o valor médio do auxílio emergencial, de R$ 250, não compra nem metade da cesta.

“Qualquer auxílio que não alcance pelo menos os R$ 600 do ano passado se torna inviável. Porque no ano passado não havia essa inflação de alimentos. Agora a gente tem aumento de 20% nos produtos da cesta básica, em quase todas as capitais. Em vez do valor do auxílio aumentar, diminuiu”, criticou a economista e supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa.

Também ressaltou a orientação neoliberal da equipe econômica do governo Bolsonaro, que defende menor intervenção do Estado na economia, sem nenhuma tentativa de conter a escalada dos preços dos alimentos nos últimos 12 meses.

“Neste momento a fome dos brasileiros vai ajudar a baixar a inflação. O que é um cenário extremamente perverso”, lamentou.

Com informações da Rede Brasil Atual.