O ano de 2009 no Brasil

2009 foi um ano de fortes emoções no cenário econômico.

Depois de um acen-tuado ciclo de crescimento, com evolução nos indicadores de emprego, o Brasil começou a sentir os efeitos da crise financeira que abateu o mundo no final de 2008. As conseqüências começaram nos meses de novembro e dezembro, quando 696 mil postos de trabalho foram perdidos e houve uma drástica queda também no PIB do quarto trimestre.

E o ano novo começou cheio de desconfiança. Em janeiro houve uma nova queda no emprego, com 102 mil postos de trabalho fechados. Os bancos passaram a atuar na defensiva, retendo e encarecendo o crédito. A associação destes fatores culminou na redução do investimento privado, uma das principais variáveis a determinar maior ou menor crescimento de uma economia.

O cenário era bastante negativo, mas a economia brasileira mostrou-se amadurecida para enfrentar a crise.

Afinal, a situação financeira era estável, as reservas internacionais passavam de 200 bilhões de dólares, o nível de emprego era crescente, a política de recuperação do salário mínimo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estavam em curso.

As medidas tomadas pelo governo federal, como a redução do IPI e a intervenção no sistema de crédito (pressionando os bancos privados a repensar suas estratégias), foram fundamentais para amenizar os efeitos da crise na economia brasileira.

E o Brasil vem fazendo muito bem sua lição de casa. Em outubro foram gerados 231 mil postos de trabalho, igualando o patamar anterior à crise. A previsão de crescimento do PIB para 2010 gira em torno de 6%, que se aproxima dos níveis de crescimento dos últimos anos.

A expectativa que fica é que em 2010 o Brasil possa continuar seu processo de expansão, superando de forma positiva a freada econômica de 2009.

Subseção Dieese do Sindicato