O avanço da extrema direita e os sindicatos

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Foto: Divulgação

A crise econômica de 2008 intensificou o processo de aprofundamento das reformas neoliberais, ampliando as privatizações, atacando direitos trabalhistas e a proteção social, além de políticas fiscais e tributárias que beneficiam os mais ricos. A consequência desse processo foi a brutal concentração de renda e aumento da desigualdade social acompanhada de uma intensa precarização do trabalho em várias regiões do mundo.

Nesse contexto, a extrema direita se apresenta como antissistema, auxiliada por um uso intenso e profissionalizado do uso das redes sociais sem nenhum compromisso com os fatos e a verdade. Seu discurso de condenação à política e aos políticos, vistos como causa de todo mal, é amparado por uma narrativa fácil e de forte aderência ao mobilizar valores como família, casamento, religiosidade cristã, menoridade penal, ensino militar nas escolas, dentre outros.

O bloco político beneficiário das políticas neoliberais não hesitou em construir alianças com a extrema direita, como aconteceu no golpe de 2016 e nas eleições de 2018 e 2022 no Brasil, com objetivo de enfraquecer governos progressistas que adotaram uma política desenvolvimentista e inclusiva com forte participação do Estado, como vinha acontecendo desde 2003.

Os sindicatos têm sido um dos principais alvos de perseguição dessa aliança espúria. Por lutarem por melhores salários, mais direitos e ampliação das políticas públicas, são vistos como obstáculos aos processos de adoção do estado mínimo por meio de corte de gastos públicos e privatizações. Desta forma, procuram enfraquecer os sindicatos os fragilizando nos processos de negociação coletiva.

A extrema direita faz do ódio e da falta de perspectiva de futuro de parcelas da população o seu modo de operar. É urgente que a esquerda retome o seu protagonismo político e seja depositária das esperanças de um mundo melhor e mais solidário. Os sindicatos têm um papel fundamental nessa retomada. 

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