O clima é de luta sem retrocessos nas fábricas
(Foto: Adonis Guerra)
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, esteve em mais duas fábricas da base, a IGP e a Delga, em Diadema, para alertar os trabalhadores sobre os riscos de retirada de direitos. Em assembleias na terça-feira, dia 29, os metalúrgicos aprovaram a disposição de luta contra retrocessos.
“Estamos em um momento grave no País e é preciso muita união e organização para não deixar a onda virar contra os trabalhadores”, afirmou.
“Temos um acúmulo de conquistas que estão em risco com o avanço da pauta con-servadora defendida pelos patrões, mercado financeiro, parte do judiciário e imprensa comercial”, explicou.
De acordo com o presidente, são esses setores que querem precarizar o trabalho, defendem o fim da CLT, a reforma da Previdência, entre mais de 55 ameaças aos direitos que estão no Congresso Nacional. “Estão atropelando o regime democrático e querem aproveitar o momento para trazer à tona a pauta reprimida do empresariado”, ressaltou.
Rafael explicou a importância das medidas de combate à corrupção no País. “O que não pode é transformar algo positivo em um aparato de luta política que virou a operação Lava Jato. Esse cenário é prejudicial aos trabalhadores, às empresas e ao desenvolvimento do Brasil”, disse. “O clima é de luta sem retrocessos nas fábricas. Não aceitaremos nenhum direito a menos”, prosseguiu.
Na manhã de terça, o coordenador de área na Regional Diadema e CSE na IGP, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, afirmou aos companheiros na fábrica que é preciso não só resolver os problemas internos. “Temos que olhar para fora e fazer a luta que for necessária, já que o ambiente econômico e político afeta os empregos, salários e direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Em assembleia no período da tarde, o coordenador de área e CSE na Delga, Claudionor Vieira do Nascimento, destacou a disposição de luta dos companheiros e a importância de defender a democracia. “O que está em jogo são as conquistas dos trabalhadores que o empresariado quer retirar a todo custo”, disse. “Querem dar o golpe contra todos nós e não vamos permitir”, concluiu.
A peregrinação pelas fábricas da base teve início no dia 22. Novas mobilizações serão realizadas em defesa dos empregos, conquistas e democracia.
Na pauta dos metalúrgicos do ABC estão a defesa dos empregos, pela retomada da economia, o Programa Nacional de Renovação da Frota, a correção da tabela do Imposto de Renda, a redução dos juros, contra a reforma da Previdência, contra a precarização do trabalho e pela mudança na política econômica.
Da Redação