O crime organizado

São Paulo viveu dias de terror desde a noite da última sexta-feira. Nunca se imaginou que o crime organizado estivesse tão bem organizado assim (com perdão da repetição). Não somente a Grande São Paulo foi atacada e acuada, como também o interior paulista e, até mesmo, outros estados. A falência da segurança pública nos estados nunca foi tão visível.

Inversão de valores

A impressão que ficou foi que o crime organizado está mais bem preparado do que a polícia. Somos reféns de instituições clandestinas e criminosas. O Estado está impotente na necessidade de assegurar os mínimos direitos que os cidadãos têm direito de exigir.

De quem é a culpa?

A resolução definitiva desse problema não virá a curto prazo. Enquanto não houver investimento pesado em políticas de educação e de emprego não conseguiremos tirar das ruas os menores infratores que, no futuro, poderão ser tornar poderosos criminosos. A curto prazo, apenas medidas paliativas, como a construção de novos presídios de segurança máxima, a proibição do uso de celulares nos locais de detenção e a punição de agentes corruptos poderão ter algum efeito.

Nova legislação

Uma grande reforma na legislação penal brasileira se faz necessária também. Penas mais duras para crimes mais graves, rigor na concessão de benefícios, eliminação da burocracia nos processos criminais, diminuição de prazos processuais e de recursos, ocupação do tempo do preso com trabalho e processos educativos podem ser algumas medidas importantes.

Departamento Jurídico