O desemprego em queda, apesar dos juros insanos

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Foto: Adonis Guerra

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, vem destacando as ações e políticas implementadas que sustentam a recuperação do mercado de trabalho no Brasil, pois a taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024. É o menor nível para o período desde o início da série histórica em 2012.

Para Marinho, o momento atual reflete o acerto na elevação da renda das famílias, destacando a política de valorização do salário mínimo e o aumento da isenção do imposto de renda para aqueles que ganham até dois salários mínimos. São políticas que trazem impacto direto no comércio e na produção, uma vez que, com mais renda, o consumo dessas famílias dinamiza toda a economia nacional, resultando na demanda pela criação de novos postos de trabalho.

Porém, ainda que os indicadores do mercado de trabalho estejam positivos, o ministro critica enfaticamente a política de juros elevados mantida pelo Banco Central. Ele avalia que o emprego formal cresce apesar do boicote e da maré contrária ao crescimento econômica, promovida pelo Banco Central e atentando contra o próprio país. Assim, uma mudança de rota na trajetória da taxa de juros é fundamental para que se alcance o pleno emprego com cada vez maior qualidade da inserção no mercado de trabalho, principalmente em termos de melhores salários e menor rotatividade.

A geração de empregos de qualidade é a melhor forma para uma nação avançar no processo de redistribuição de renda e trazer dignidade ao seu povo. O momento atual mostra um Brasil avançando de forma consistente nesse campo, apesar dos juros insanos praticados em nossa economia. A correção desse ponto é fundamental para que o crescimento econômico avance, com mais e melhores empregos, sempre.

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