O empréstimo com desconto em folha
No final de 2003, a CUT jogou um papel decisivo na negociação do empréstimo com desconto em folha, relativamente conhecido no setor público, mas com baixíssima experiência no setor privado.
A partir de uma Medida Provisória do governo, a CUT negociou inicialmente com 19 bancos para esse empréstimo, também chamado de crédito com consignação em folha de pagamento.
O acordo reduziu as taxas de juros para níveis menores das praticadas pelo mercado. Os bancos só podem cobrar taxas mensais entre 1,75% e 3,3%, com prazos de pagamento entre seis e 36 meses. Estas taxas são praticamente a metade das cobradas nos empréstimos tradicionais.
Sucesso
Apesar do ceticismo dos bancos (que achavam a grade de juros do acordo bastante apertada), e das críticas de parte da mídia (que dizia que não era papel das centrais negociar taxas de juros para os seus associados), a operação é um sucesso.
De acordo com o Banco Central, em 2004 o volume de empréstimos pulou de R$ 6,3 bilhões em janeiro para R$ 12,4 bilhões em dezembro. Ou seja, em 12 meses dobrou o volume, com taxa de juros anual média em cerca de 2,8% ao mês (49,6% ao ano).
Portanto, se você está enforcado no especial, pagando juros de 8,4% ao mês, ou no cartão de crédito, 10,1% ao mês, o empréstimo com desconto em folha é uma excelente alternativa, como também a nossa cooperativa de crédito.
Mas, atenção: o empréstimo deve servir para pagar dívidas que tenham taxas de juros muito altas. Com isto, você elimina ou diminui a famosa “bola de neve”.
Subseções Dieese CUT Nacional e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC