O início da organização e a conquista das oito horas

Em 1902, os trabalhadores na fábrica de tecidos  Ipiranguinha, em Santo André, cruzam os braços por melhores condições de trabalho. Esse é o primeiro registro de greve na nossa região, que iniciava seu processo de industrialização.

Em 1906, congresso reunindo dezenas de sindicatos cria a Confederação Operária Brasileira (COB), dando início a uma nova fase na organização dos trabalhadores.

Entre outras decisões, o congresso retoma o caráter de luta do 1º de Maio pelas oito horas diárias, confrontando decisão do governo, que havia decretado o dia como feriado para festa e confraternização com os patrões.

A COB impulsiona a criação de sindicatos. No ano seguinte, dezenas de categorias entram em greve em São Paulo.

São metalúrgicos, pedreiros, sapateiros, gráficos, marmoristas, tecelões, padeiros, encanadores, vidraceiros e costureiras, entre outros.

Apesar da forte repressão, as greves continuam por cerca de um mês, até que os patrões passam a concordar com a jornada de oito horas e o governo federal aprova decreto reconhecendo os sindicatos e as associações cooperativas.