O joio e o trigo

A educação sempre é
notícia nos principais jornais
do País. Este mês,
dois assuntos chamaram
a atenção do leitor. A primeira
mostra o alto índice
de falta ao trabalho pelos
professores da rede estadual
de ensino em São
Paulo. A segunda fala sobre
Tião Rocha, vencedor
do Prêmio Empreendedor
Social 2007, concedido pela
Folha de S. Paulo e pela
Fundação Schwab.

Antropólogo por formação
e educador por
opção, Rocha é responsável
pelo Centro Popular
de Cultura e Desenvolvimento,
com sede em
Curvelo, Minas Gerais. A
entidade promove a educação
popular e o desenvolvimento
comunitário
com o uso de brincadeiras,
bibliotecas ambulantes,
teatro, música e criação
de produtos.

Contrapondo-se à escola
formal que, segundo
ele, continua sendo elitista
e conformada, procura
desenvolver uma educação
de qualidade, onde
se aprende fazendo. Neste
sentido, cria recursos e metodologia
que dialogam com
a realidade dos educandos
e ajudam a transformá-la.
Um sonho que pode ser realizado,
como mostra sua
experiência.

Absenteísmo

Contrastando com esta
verdadeira paixão pela
escola, temos a notícia
de que cerca de 30 mil
professores faltam diariamente
ao trabalho na rede
estadual de ensino em
São Paulo. O número representa
30% do total de
professores. Segundo a
Apeoesp, salários baixos,
longas jornadas, salas superlotadas
e violência na
escola levam os professores
a adoecerem. Isto explica
as faltas.

São motivos sérios.
Revelam o triste quadro
da educação no estado
mais rico do País. Mas
nem todos faltam por motivos
sérios. Assim como
parcos recursos não impedem
uma educação de
qualidade. É preciso separar
o joio do trigo.

Departamento de Formação