O medo e o trabalho

Do nascimento até a morte, todos nós convivemos com o medo. Ele é um sentimento ligado à manutenção da vida, ou seja, da nossa sobrevivência. Mas, os efeitos do medo podem ser altamente nocivos, e em situações extremas podem ter um efeito inverso nos levando ao sofrimento e à morte.

A formação do medo

Desde muito cedo as crianças já demonstram um instinto natural de preservação, que é nato e que é manifestado sempre que nossa vida está em risco, como na fome, frio e solidão, por exemplo.

A medida que vamos ampliando nosso contato com o mundo, as nossas experiências boas ou más vão sendo registradas na memória e passam a fazer parte da nossa personalidade.

A quantidade e intensidade de situações negativas que vivemos irão determinar uma personalidade mais medrosa e isso poderá nos acompanhar durante toda  vida.

Medo que protege

O equilíbrio entre passar por situação de medo e a superação dessas situações nos darão aquilo que chamamos de coragem, ou autoconfiança.

Esse equilíbrio irá funcionar como um balizamento, para que evitemos alguns perigos e enfrentemos outros, superando-os. Fugir dos perigos que não temos confiança em poder superar é a atitude que muitas vezes nos protege e salva.

Quando o medo faz mal

Em situações onde, sem poder superar ou evitar, temos que conviver por períodos prolongados de medo, vamos criando uma resposta psíquica que pode levar ao desequilíbrio emocional e ao adoecimento e até a morte.

Isso acontece com uma freqüência muito maior do que imaginamos.

Nas empresas, a falta de proteção de máquinas, e a convivência com processos de trabalho inseguros e pressão excessiva, mantêm os trabalhadores em situação permanente de medo. E isso é danoso para a saúde e à vida.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente