O perigo dos brinquedos chineses

A China, cuja economia
atualmente é a que mais
cresce no mundo, é responsável
por cerca de 70% da
produção mundial de brinquedos.
De acordo com a
agência do governo chinês
que fiscaliza o padrão de
qualidade dos produtos fabricados
e comercializados
naquele país, mais de um
quinto destes brinquedos
podem fazer mal à saúde.

O levantamento feito
pela agência constatou que
23% dos produtos não se enquadram
nos padrões nacionais
de segurança. Uma série
de irregularidades foi
constatada como, por exemplo,
brinquedos fabricados
com peças pequenas demais,
que podem facilmente ser
engolidas por crianças e
causar sufocamento. Em fábricas
na Província de Hebei
(norte), lixo industrial como
carpete sujo, papel e embalagem
de macarrão instantâneo
foram usados para
rechear bichos de pelúcia.

Concorrência desleal

Como a China fabrica
dois de cada três brinquedos
comercializados no mundo,
a probabilidade de crianças
brasileiras terem contato
com um desses brinquedos é
grande. Segundo a Abrinq
(Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos),
os brinquedos chineses representam
hoje 35% do mercado
consumidor brasileiro.
Por conta desta concorrência,
desde 2003 o Brasil já
perdeu 10,2 mil postos de
trabalho no setor.

Pirataria

Ainda segundo a Abrinq,
o Brasil é o único país,
do México ao Uruguai, que
continua fabricando brinquedos.
A produção nos demais,
incluindo o México, foi
destruída pelos chineses. O
fato é que, além das importações
oficiais de brinquedos,
o Brasil ainda enfrenta
o grave problema do contrabando
de produtos pirateados.

Não é brinquedo, não! Em se tratando dos brinquedos
chineses todo cuidado é
pouco.