O plano da BYD para o Brasil vai além dos elétricos

Apesar de ser conhecida por seus veículos elétricos, a BYD atua no setor de transição energética e está presente no Brasil há oito anos

Ao contrário de como ficou conhecida, a BYD vai além dos veículos elétricos. A empresa, a principal concorrente da Tesla nesse setor, escolheu investir no Brasil ainda em 2015. Pode ser que seja agora, em 2023, que a companhia finalmente terá as condições para crescer e expandir o mercado brasileiro. Assim como a Tesla, a BYD produz e ficou conhecida pelos seus veículos elétricos.

Porém, ela é uma empresa de transição energética, que desenvolve e vende chassis para ônibus elétricos, caminhões elétricos e empilhadeiras, baterias (inclusive, fornece para a Tesla), inversores e painéis solares. Além disso, a companhia investe em pesquisa e desenvolvimento, inclusive em solo brasileiro. Presente no mercado brasileiro há oito anos, pode ser que a BYD tenha encontrado sua chance para prosperar, já que o governo Lula colocou a transição energética como uma de suas prioridades.

A BYD não chegou a divulgar o volume de investimentos no Brasil em 2023, mas já conta com mais de 600 funcionários e três fábricas (de chassis de ônibus elétricos, painéis fotovoltaicos e baterias) por aqui. Além disso, a empresa se prepara para começar a montar seus veículos elétricos nacionalmente. Com uma fábrica em Campinas, a empresa passou a abastecer com ônibus elétricos a frota que circula em Curitiba e outras cidades brasileiras, além de produzir baterias de fosfato de ferro-lítio em Manaus.

Além disso, a companhia também tem projetos de monotrilho no País: um na linha 17-Ouro, em São Paulo, e outro para o VLT do Subúrbio, em Salvador. No campo da geração de energia, a BYD se beneficiou dos subsídios governamentais para a energia solar, que fizeram a demanda por painéis aumentar. Eles são produzidos desde 2017, também em Campinas, e fizeram da empresa a líder do setor no Brasil. Apesar de atuar em diversos setores que envolvem energia, o carro-chefe da BYD ainda são os carros elétricos. A empresa quer aumentar os números de vendas no Brasil, país que ainda tem baixa adesão ao setor: ano passado, vendeu 400 carros; esse ano, quer chegar aos 10 mil.

Do Olhar Digital