O presente e o futuro da indústria automotiva
A indústria automotiva global passa por oscilações intensas nos últimos anos.
A crise econômica gerada pela Covid-19 fez as vendas globais de veículos caírem de 91,2 milhões, em 2019, para 81,6 milhões no ano passado, com redução de mais de 10%. Também nesse período, a corrida pelo reposicionamento tecnológico e a busca por soluções para as exigências de descarbonização agitaram o mercado global.
No Brasil não poderia ser diferente, na condição de 8º maior produtor de veículos do mundo. Na última semana, a direção do Sindicato esteve reunida com o presidente Lula para apresentar um estudo setorial elaborado pelo Dieese.
Considerando o cenário global, tratou-se da urgência para o reposicionamento da cadeia automotiva brasileira e a necessidade de um amplo processo de reindustrialização do país, que se conecta com as diretrizes e propostas apresentadas no estudo.
A continuidade da indústria automotiva no Brasil condiciona também as políticas de médio e longo prazo propostas, entre elas: definição das novas rotas tecnológicas, ampliação do conteúdo nacional de peças e componentes, alinhamento da transição para a eletrificação automotiva à Agenda 2030.
Ao mesmo tempo, o estudo aponta que o país precisa de soluções emergenciais no curto prazo, capazes de reativar a demanda e produção local, como acesso ao crédito, Programa Renovar, recuperar e fortalecer o transporte público urbano, promover o lançamento imediato de modelos “populares”.
Um plano setorial para a cadeia automotiva, alinhado com um planejamento estratégico tendo a indústria como meio para alcançarmos melhor qualidade de vida no Brasil, são demandas que se impõem imediatamente, para que possamos alcançar patamares dignos de desenvolvimento econômico e social em nosso país.
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Subseção do Dieese