O Primeiro de Maio na visão de quem trabalha
Tatiana e Anderson, que trabalham como seguranças durante o Ato de 1º de Maio.
Foto: Rossana Lana / SMABC
Primeiro de Maio é dia de trabalho duro para o grupo de profissionais que organiza o ato no Paço de São Bernardo. Ao menos 200 trabalhadores estão no local desde às 7h. São técnicos de palco, de informática, seguranças, pessoal de infraestrutura entre outros.
“É muito bom trabalhar nesse dia porque a gente representa o povo que lá fora se diverte”, conta Antonio Almeida de Moura, motorista de profissão, mas que neste domingo fazia um bico na cantina montada ao lado do palco principal.
Para ele, o Primeiro de Maio é o dia que o povo sai da rua à procura de seu espaço, que luta pelo que quer.
Já o jornalista Luciano Presença, que cobre o ato pela rede de televisão NGT, confessa que é gostoso e gratificante trabalhar neste dia. “É o dia que o trabalhador tem para se expressar em defesa dele próprio”, acredita.
O mesmo pensa a analista Cintia Maetini, que trabalha na organização. “É gratificante e compensa. A gente expressa isso nos sentimentos. Chorei muito quando começou a chover porque pensei: vai estragar a festa”, previu. Mas nada disso ocorreu. O povo não arredou pé.
Para o segurança Anderson Costa, o sentido do Primeiro de Maio é o mesmo do dia da libertação dos escravos. “’E importante para a dignidade do trabalhador”.
Também segurança, Tatiane Pereira de Oliveira diz que é muito legal trabalhar neste dia por causa do intenso movimento e pela participação de muitos artistas. “É o dia que o trabalhador merece e como o dia fala, é o dia dele”, sintetiza.
Isaias Karrara é o presidente do Sindicato dos Gráficos do ABC. Desde 1989 ele é o apresentador oficial do ato no ABC. Já meio sem voz, diz que executa o trabalho com imensa satisfação. “É ofegante, cansativo, mas muito agradável participar desta maravilhosa festa que homenageia os trabalhadores”, resume.
O ato também teve tradução simultânea de libras, língua de sinais para pessoas com deficiência auditiva por Renata Lima Gonçalves. Ela pegou no batente às 9h, no ato da CUT São Paulo, no Vale do Anhangabau, e continuará em São Bernardo até o final das manifestações.
Renata realiza a proeza de traduzir as músicas enquanto são apresentadas, as palmas do público ao mesmo tempo que dança ao som dos ritmos. “Participo da parte cultural de um evento que defende os direitos e as melhorias para a classe trabalhadora. Por isto estou trabalhando com prazer, porque trabalho para todos, como eu”, salientou.
Da Redação