O setor de caminhões no Brasil
A indústria automobilística brasileira foi intensamente afetada pela crise econômica mundial nos últimos meses. O setor de automóveis vem aos poucos se recuperando e chegou a bater recorde em junho de 2009 com 300.157 unidades vendidas, decorrente das medidas governamentais executadas.
O setor de caminhões não obteve o mesmo êxito. A produção de caminhões e ônibus foi de 53.580 unidades no primeiro semestre de 2009, queda de 35,1% em relação a 2008. Esta redução tem como principal causa a diminuição das exportações. Na comparação entre o primeiro semestre de 2009 e o mesmo período de 2008, as exportações despencaram 67,5%, contra uma queda de 19,4% no mercado interno.
Entre dezembro de 2002 e outubro de 2008, os postos de trabalho cresceram 35% nas montadoras de caminhões.
Hoje, estas indústrias empregam em torno de 21,4 mil trabalhadores com renda média de R$ 5,1 mil. Como resultado da crise mundial, de outubro de 2008 a maio de 2009 já foram fechados 1,1 mil postos de trabalho nas montadoras de caminhões e ônibus em todo o Brasil.
Diante dos fatores apresentados, está dada a necessidade de retomar os níveis de produção de caminhões no País, uma vez que o setor é indispensável para a competitividade e para continuidade do processo de crescimento e desenvolvimento nacional. Além disso, é preciso proteger os postos de trabalho desta parcela importante de trabalhadores na indústria
automobilística e de sua cadeia produtiva, responsáveis por uma grande fatia do mercado de consumo brasileiro.
Outras informações sobre este segmento constam em estudo recentemente divulgado pela Subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Subseção Dieese do Sindicato