O Sindicato dos próximos anos

Um Sindicato renovado e melhor preparado para enfrentar novas demandas e desafios. Esta é a síntese do 6º Congresso dos Metalúrgicos do ABC, que definiu 17 setores prioritários para a atuação da diretoria. Sob o lema 50 anos de luta – Construindo um Brasil justo e democrático: emprego e trabalho decente, o congresso reuniu delegados de toda a base no último final de semana.
“Trata-se do momento maior da categoria, pois é a oportunidade que todos têm de participar do planejamento do que faremos daqui por diante”, disse o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre. “Tudo o que se decidiu vai balizar nossa ação no dia-a-dia da fábrica”, considerou Wagner Santana, o Wagnão, secretário-geral do Sindicato.
As emendas discutidas e aprovadas nos temas, resumidas nesta edição, tiveram dois focos. O primeiro foi a ampliação da organização no local de trabalho e o segundo tratou da relação do Sindicato com a sociedade, que determina nossa atuação para além dos muros das fábricas.

Secretarias
Também foram aprovadas pelo congresso mudanças no Estatuto do Sindicato.
Uma delas amplia de 9 para 11 o número de membros na direção executiva, sendo que uma das vagas será ocupada por mulher. Outra alteração aumenta de 21 para 27 o número de integrantes do Conselho da Executiva.
Foram criadas, ainda, a secretaria de Políticas Sociais e de Cidadania e a Comissão de Relações Internacionais. A primeira vai organizar o trabalho das comissões temáticas do Sindicato (gênero, juventude, pessoas com deficiência e igualdade racial).
A outra secretaria vai atender à crescente dinâmica da articulação entre trabalhadores nas fábricas multinacionais em todo o mundo. Integrantes da Comissão de Gênero acreditam que tiveram um expressivo ganho com a criação da secretaria de Políticas Sociais, pois sua ação nesse campo já é muito abrangente. A secretaria foi criada a partir de um debate sobre emenda que propunha uma secretaria de mulheres.

Comunicação
Sérgio Nobre destacou o apoio que o congresso deu ao projeto de comunicação do Sindicato, que obteve a indicação de mais concessões do governo federal para um canal de televisão e outro de rádio.
“Esse debate foi importante porque a categoria vai exercer o direito à comunicação, hoje exclusividade de poucos grupos econômicos, o que coloca em prática a democratização dos meios de comunicação no Brasil”, disse o presidente do Sindicato.
O Sindicato já detem concessões de TV e de rádio na cidade de Mogi da Cruzes (as duas em implantação).
As demais são para um canal em São Caetano e uma emissora de rádio em São Vicente.