O Sindicato no ABC

A luta sindical não se limita a reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

O nosso Sindicato participa de 23 fóruns que discutem políticas regionais para o fortalecimento econômico e social do ABC. “É a contribuição da categoria para que o ABC saísse do buraco em que foi jogado pelas políticas neoliberais de Collor e FHC”, afirma Paulo Dias, diretor executivo do Sindicato.

Participação do Sindicato é decisiva para desenvolvimento social e econômico do ABC

Na próxima quarta-feira, os mais de 20 representantes do Sindicato nos 23 espaços públicos que discutem políticas regionais vão se reunir no Centro de Formação Celso Daniel para debater e elaborar intervenções para o fortalecimento da sociedade no ABC.

As propostas abrangem desde a criação de emprego a políticas públicas nas áreas de saúde, habitação, saneamento e outras.

“Muita gente não conhece esta participação, mas ao tomar parte de vários fóruns levando as propostas da categoria, o Sindicato contribuiu para  que o ABC saísse do buraco em que foi jogado pelas políticas neoliberais de Collor e FHC”, afirma o diretor executivo Paulo Dias, que coordena o grupo. “E nossa presença continua em busca de soluções para os problemas dos trabalhadores”, diz .

“Este é o significado da palavra regionalidade: discutir políticas comuns para o desenvolvimento de um local com características parecidas. E as sete cidades da região têm muito em comum”, prossegue o dirigente. “Consideramos a questão tão importante que ela foi reafirmada em nosso último congresso”, enfatiza Dias.

Inserção – Ele lembra que a  participação começou em 1989, quando os metalúrgicos do ABC definiram em congresso representar os trabalhadores também na sociedade. A seguir, o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, e o ex-presidente do Sindicato, Luiz Marinho, puxaram a articulação para o fortalecimento da região. A partir daí o Sindicato passou a apresentar propostas sobre a geração de emprego através do fortalecimento das cadeias produtivas.

Destas sugestões surgiu a Câmara Setorial Automotiva, que desembocou na Câmara Regional. Neste novo espaço foram formados vários grupos com participação de sindicatos, poder público, sociedade civil e empresários, pensando soluções para o ABC. “Em todos há um representante do Sindicato”, destaca Paulo Dias.

Emprego aumenta desde 2003

Na Câmara Regional foram fechados acordos importantes como o MOVA, construção de piscinões e dos hospitais regionais de Diadema e Santo André. Lá também foi criada a Agência de Desenvolvimento Econômico, responsável por pesquisas de emprego na região; organizou as discussões das APLs de autopeças, ferramentaria e plásticos, entre outros projetos. “Tudo isso significa mais emprego e bem estar para os trabalhadores”, enfatiza Paulo Dias.

O dirigente faz questão de ressaltar que a eleição de Lula auxiliou muito esse processo. “O novo presidente  investiu no ABC muito mais que o governo anterior”, frisa Dias

Para concluir, ele cita a queda do desemprego na região como resultado acertado desta política: “Em dezembro de 2003, 20,3% da população economicamente ativa não tinha emprego. No ano seguinte, a taxa caiu para 17,1% e em 2005 foi para 14,4%”.