“O Sindicato sempre estará presente na luta em defesa da democracia”
Dirigentes participaram do ato em São Paulo em defesa do Estado Democrático de Direito
Representantes da direção executiva dos Metalúrgicos do ABC participaram na manhã de ontem, 11 de agosto, do ato, na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, que marcou a resistência e a luta do povo brasileiro em defesa da democracia e das eleições livres e soberanas.
Na cerimônia foi feita a leitura da Carta às Brasileira e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, que já conta com quase 1 milhão de assinaturas. Assine em estadodedireitosempre.com.
Representantes da CUT, das demais centrais, de movimentos sociais, juristas, empresários e artistas defenderam o respeito ao resultado das urnas nas eleições de outubro deste ano. Uma multidão acompanhou a atividade do lado externo.
O ato foi uma resposta da sociedade civil aos ataques que Bolsonaro tem feito ao sistema eleitoral brasileiro, colocando em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar indícios e provas.
Sempre presente na luta
O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, lembrou que o Brasil vive um momento de grande obscurantismo político, no qual o atual governo ataca diariamente as instituições e o Estado de Direito.
“O Sindicato sempre estará presente na luta em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Temos que estar mobilizados e em vigília permanente para que o Brasil não volte a viver um retrocesso. A sociedade brasileira, incluindo a classe trabalhadora, está atenta e jamais permitirá uma ruptura democrática e institucional”.
Liberdade para lutar
“O povo quer ter liberdade para ter o direito de lutar pelo que quiser. A democracia é o que nos garante o direito de lutar por uma sociedade melhor, mais justa e igualitária. É o que nos dá o direito de lutar por saúde de qualidade, educação, qualidade de vida, para o povo ter direito ao emprego, aos direitos, comida. Por isso ela é um bem tão precioso”, completou o dirigente.
45 anos depois
A carta lida ontem foi elaborada por um grupo de ex-alunos da Faculdade e faz referência aos 45 anos da “Carta aos Brasileiros”, de 1977, quando um movimento liderado pelo professor Goffredo da Silva Telles Junior denunciou a ilegitimidade do governo militar.
“Este é um dia muito importante do ponto de vista histórico, jamais imaginamos que depois da redemocratização do país seria novamente necessário lutar para defender a democracia. Isso já foi longe demais, a sociedade brasileira não vai mais tolerar. Chega de governo autoritário, ditadura nunca mais! Viva a democracia e a classe trabalhadora brasileira!”, frisou Claudionor.
Atos pelo Brasil
A parte da tarde foi marcada por atos em defesa da democracia e das eleições em quase todas as capitais do país.