O sindicato também é delas!

A sindicalização de mulheres cresce mais que a dos homens, segundo estudo da CUT e do Dieese. Elas representam 40% dos associados dos sindicatos. Em 1998, eram 35%.

A sindicalização entre
as mulheres cresceu muito
mais do que a dos homens,
desde 1998, em diversos setores,
mesmo naqueles em
que a atividade sindical era
tida como predominantemente
masculina. Os dados
são do estudo da CUT e do
Dieese, sobre a presença
feminina no movimento
sindical.

O número de mulheres
associadas a algum sindicato
cresceu 69%, enquanto que
o de homens foi só de 39%.
Em 1998, 12 milhões trabalhadores
eram associados
aos sindicatos. Deste total,
65% eram homens e 35%
de mulheres. Em 2006 a
relação passou para 60% de
homens e 40% mulheres.

Na luta –
A pesquisa mostra ainda
que desde a década de 70
a participação das mulheres
no mercado de trabalho
apresenta uma espantosa
progressão. Se na época
apenas 18% das brasileiras
trabalhavam fora de casa,
atualmente mais da metade
delas está em atividade ou a
procura de ocupação.

Ao analisar o comportamento
da força de trabalho
feminino no Brasil
nos últimos 10 anos, o que
chama a atenção é o vigor
e a persistência do crescimento.
Com um acréscimo
de 10 milhões de trabalhadoras
entre 1998 e 2006, as
mulheres desempenharam
um papel muito mais relevante
do que os homens no
crescimento da População
Economicamente Ativa
(PEA).

Em 1976, a parcela de
mulheres na PEA era de
29%, em 2006 chegou a ser
de 43,8%.

Muita coisa a melhorar

Os números da participação
de mulheres nos
sindicatos é positivo, porém
no mercado de trabalho
continuam negativos.
A comparação dos
rendimentos de homens
e de mulheres indica claramente
que as trajetórias
profissionais masculinas e
femininas não são só diferentes,
mas desiguais em
seus resultados.

O rendimento da mulher é sempre menor do que
o do homem. Embora essa
diferença tenha diminuído
nos últimos anos, os salários
não superam o patamar de
71% dos ganhos masculinos.

Para a secretária sobre
a Mulher Trabalhadora da
CUT, Rosane Silva, outros
impactos desse aumento
do trabalho feminino na
sociedade foram a queda
da taxa de fecundidade,
crescimento acentuado
de famílias chefiadas por
mulheres e mulheres cada
vez mais voltadas para o
trabalho remunerado e
para construção de carreira
profissional.

“A maior inserção
das mulheres no mercado
tem trazido mudanças
nas relações de trabalho e
conseqüentemente devese
refletir na organização
e ação sindicais.”