Obama decide limitar salário de executivos de bancos socorridos
A decisão vale apenas novos aportes e para casos considerados "excepcionais"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou nesta quarta-feira que os principais executivos das instituições financeiras que vierem a receber ajuda “excepcional” do governo terão que ter o salário em dinheiro limitado a US$ 500 mil por ano. A decisão vale apenas novos aportes e para casos considerados “excepcionais”, como ocorreu nos últimos meses com o Citigroup e a AIG.
“Para conseguirmos restabelecer o nosso sistema financeiro, nós precisamos restabelecer a confiança”, diz Obama, de acordo com discurso divulgado antecipadamente pela Casa Branca.
Os executivos poderão receber compensações adicionais por meio de planos envolvendo o pagamento em ações. No entanto, eles só terão direito a esses papéis após o banco ter devolvido o dinheiro que tomou emprestado do governo dos EUA. O pagamento para executivos que saem das empresas (paraquedas dourado) também será limitado.
As instituições financeiras que participarem do programa de salvamento promovido pelo Departamento do Tesouro terão também que detalhar os gastos com aviões corporativos, reformas de escritório e festas para os funcionários.
A opinião pública norte-americana e os congressistas estão incomodados com a falta de transparência sobre como foi gasta a primeira parcela de US$ 350 bilhões do plano total de US$ 700 bilhões de ajuda ao sistema financeiro. A notícia, divulgada na semana passada, sobre o pagamento de US$ 18,4 bilhões em bônus para executivos e funcionários das empresas de Wall Street no ano passado também gerou indignação, já que a maior parte dos bancos apresentou resultado negativo no período.
Do Valor Online, com agências internacionais