OIT: Discriminação é atentado aos Direitos Humanos e aos direitos fundamentais no trabalho
Diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, destaca como discriminação impacta nas oportunidades de emprego
A discriminação não é apenas um atentado aos direitos humanos e aos direitos fundamentais no trabalho, mas também representa um grande custo para as empresas e a sociedade. “A discriminação é a negação da igualdade de oportunidades e tratamento”.
A afirmação foi feita pela Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, em Salvador, Bahia. Ela participou nesta quinta-feira (10) do Seminário “O desenvolvimento sustentável das relações sociais de trabalho na perspectiva da equidade e não discriminação”.
Laís Abramo listou as principais consequências da discriminação:
· Provoca desperdício de recursos, talentos e potencialidades humanas, com efeitos negativos na produtividade e competitividade das empresas e no desenvolvimento econômico das sociedades;
· Gera desigualdades profundas no acesso aos recursos econômicos, sociais, políticos e culturais;
· Impede o pleno exercício da cidadania;
· Debilita a coesão social e a democracia.
A Diretora do Escritório da OIT ressaltou que as desigualdades de gênero e desigualdades étnicas e raciais constituem eixos estruturantes dos padrões de desigualdade social no Brasil. Além disso, são temas que dizem respeito à maioria da sociedade, pois as mulheres e os negros correspondem a aproximadamente a dois terços da População Economicamente Ativa (PEA).
Depois de demonstrar que o tema ocupa um papel central na agenda da OIT, por meio de suas Convenções e do conceito de Trabalho Decente, Laís Abramo, destacou as várias faces da discriminação, que se manifestam nas oportunidades de emprego, nos rendimentos obtidos por homens e mulheres, na jornada de trabalho, na conciliação entre trabalho, vida pessoal e familiar etc.
Segundo ela, as empresas e organizações de empregadores e de trabalhadores desempenham um papel chave na luta contra a discriminação, com destaque para: a negociação coletiva; políticas de responsabilidade social e promoção da diversidade nas empresas; ações voluntárias e não derivadas da legislação e instâncias e processos de diálogo social.
O evento faz parte do Ciclo de Encontros das Estatais para o fortalecimento da equidade de Gênero e raça, com participação do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Eletronorte, Embrapa, Itaipu Binacional, Petrobrás, SERPRO e Serviço Geológico do Brasil.
Da CUT Nacional