OIT vai analisar impacto da crise no mundo do trabalho
Encontro vai debater também a situação dos direitos trabalhistas básicos em Mianmar e o impacto das mudanças climáticas sobre o emprego
O Conselho de Administração da OIT examinará o impacto global que a atual crise financeira e econômica está tendo sobre os governos, trabalhadores e empregadores durante a 303ª sessão, que começa na próxima semana, em genebra.
No encontro também se analisarão a situação dos direitos trabalhistas básicos em Mianmar bem como o impacto das mudanças climáticas sobre o emprego.
Com a crise global como pano de fundo, o Grupo de Trabalho sobre a Dimensão Social da Globalização discutirá sobre o potencial impacto que a atual crise terá sobre os objetivos da Agenda de Trabalho Decente da Organização.
No dia 17 de novembro, o Secretário-Geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, falará como convidado especial ao grupo de trabalho. Esta discussão acontece no mesmo momento da publicação de novos dados estimativos que sugerem um incremento importante, devido à crise financeira, no desemprego em nível global e no número de trabalhadores pobres.
No dia 18 de novembro, o Conselho de Administração examinará a nomeação do Diretor-Geral da OIT. O atual Diretor-Geral, Juan Somavia, é o único candidato. Em 17 de outubro, data limite para a apresentação de candidatos, o Conselho de Administração não havia recebido nenhuma outra candidatura.
O sr. Somavia, natural do Chile, foi nomeado Diretor-Geral da OIT em março de 1999. O sr. Somavia conduziu a Organização em um novo rumo, através da promoção da Agenda de Trabalho Decente, que recebeu um importante apoio do mais alto nível político em todas as regiões do mundo e no sistema multilateral. Durante seu mandato, a OIT também adotou a histórica Declaração sobre a Justiça Social para uma Globalização Equitativa.
O Conselho de Administração também analisará o plano de implementação preliminar da Declaração sobre a Justiça Social para uma Globalização Equitativa da OIT. A Declaração apela para a criação de uma nova estratégia para apoiar economias e sociedades abertas com base na justiça social.
A Declaração respalda o conceito de trabalho decente, bem como a Agenda de Trabalho Decente e seus quatro objetivos (criação de emprego e empresas sustentáveis, proteção social, direitos trabalhistas e diálogo social) que são inseparáveis, estão integrados e se apóiam mutuamente, além de representar uma resposta eficaz frente aos desafios da globalização.
O Conselho de Administração também realizará uma primeira rodada de discussões sobre o Marco de Políticas e Estratégias que guiará a Organização no período 2010-2015.
Durante o encontro do Conselho de Administração também será avaliada a situação em Mianmar. O Conselho de Administração também analisará o último relatório do Comitê de Liberdade Sindical.
Entre outras questões, a Comissão de Emprego e Política Social examinará o Programa Global de Emprego, a campanha da OIT para a extensão da seguridade social e as repercussões das mudanças climáticas no emprego e no mercado de trabalho.
O Conselho de Administração, órgão executivo do Escritório Internacional do Trabalho (o Escritório é a secretaria da Organização), reúne-se três vezes por ano, em março, junho de novembro. Este órgão toma decisões sobre as políticas da OIT, estabelece a ordem do dia da Conferência Internacional do Trabalho, adota o projeto de Programa e Orçamento da Organização que é apresentado durante a Conferência.
O Conselho de Administração é composto por 56 membros titulares (28 representantes de Governos, 14 dos empregadores e 14 dos trabalhadores) e 66 membros suplentes (28 representantes dos Governos, 19 dos empregadores e 19 dos trabalhadores). Dez dos postos titulares dos governos são ocupados de forma permanente pelos Estados de maior importância industrial (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Reino Unido e Federação Russa). Os demais membros governamentais são eleitos pela Conferência a cada três anos.
Da OIT