OLT e a Saúde
preservação da saúde
no trabalho tem sido
uma antiga discussão do
movimento sindical como
um todo, e merecido do
nosso Sindicato uma atenção
especial. Para isso,
sempre defendemos uma
forte atuação das nossas
OLT – organizações sindicais
nos locais de trabalho
– composta pelas CIPA
eleitas, pelas comissões de
fábrica e mais recentemente
pelos comitês sindicais
de empresa (CSE), que representam
o próprio sindicato
no chão de fábrica.
Dificuldades existem –
Apesar de toda essa estrutura,
apoiada por um
forte investimento na formação
e na capacitação
de cipeiros, militantes e
dirigentes sindicais, e por
uma assessoria em saúde,
condições de trabalho
e meio ambiente, os avanços
que são grandes volta
e meia esbarram nas dificuldades.
Esses obstáculos algumas
vezes são impostos por
uma conjuntura desfavorável
da atividade econômica
que reduz postos de
trabalho e fragiliza a luta
dos trabalhadores. Outras
vezes, por ataques das
empresas sobre essas organizações,
por meio de reestruturações
produtivas,
novas artimanhas de gestão
e, até, pelo próprio recrudescimento
do controle
e da repressão sobre a
liberdade de organização
dos trabalhadores.
OLT faz a diferença – Nessas situações pode
parecer impossível avançar
nas conquistas, mas
a organização faz a diferença.
Isso porque da organização
de trabalhadores
que abandonam o
espaço privado individual
para ocupar o espaço
público e coletivo emana
o poder. E esse poder da
união das pessoas muda
a realidade. Ainda que a
conjuntura impeça avanços,
o poder de resistência
da organização, muitas
vezes chamado erroneamente
de resistência passiva,
é na verdade dotada
de grande atividade.
Essa atividade resultará
na superação e na vitória
sobre um opositor que teria
como única alternativa
uma vitória com terra
arrasada o que seria para
ele um prejuízo ainda
maior.
Resistir, portanto, pode
ser uma maneira inteligente
de avançar na luta
por maior organização
e conquistar uma saúde e
uma vida melhor no nosso
trabalho.
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente