Onda neoliberal: Alckmin é o preferido pelos agiotas internacionais
Os grandes agiotas internacionais apóiam Geraldo Alckmin para a Presidência
da República. Uma das mais influentes agências especializadas em maracutaias nos
grandes negócios, a Ficht Ratings, aconselha o voto nele e afirmou isso em
público ontem, em relatório especial sobre o Brasil.
A empresa justifica sua indicação afirmando que Alckmin representa a volta ao
governo das reformas destinadas ao mercado. São reformas que interessam muito
aos especuladores e prejudicam tanto os trabalhadores que foram interrompidas
por Lula.
Entre as reformas que interessam ao mercado estão a flexibilização dos
direitos trabalhistas, cortes na Previdência e setores sociais, reforma na
aposentadoria, corte de impostos das empresas, retomada das privatizações e da
ALCA, que tanto interessa ao governo norte-americano.
Queimação – Ao mesmo tempo, em seu relatório a Ficht alerta
que a escolha de Guido Mantega como ministro da Fazenda significa um
fortalecimento da esquerda no governo. Por isto, a agência chama a atenção de
seus clientes para o “perigo” que representa a reeleição do presidente Lula e o
prosseguimento da agenda social do atual governo.
Como conclusão, o relatório da Ficht volta a recomendar todo o apoio a
Alckmin.
Mídia faz o serviço sujo no Brasil
É esse avanço mundial contra os direitos dos trabalhadores que une
sindicalistas e estudantes em gigantescas manifestações na França. Eles
perceberam que o Contrato do Primeiro Emprego (CPE) é só o passo inicial do
governo dominado pelos empresários para avançar nas conquistas dos companheiros.
É a volta da agenda neo-liberal para o mundo.
Como sempre fazem quando estão perdendo a parada, os patrões decidiram
colocar a mídia para fazer o serviço sujo de tentar descaracterizar a união
operária-estudantil.
Os manifestantes colocam grupos de segurança próprios para evitar conflitos
com a polícia e os protestos ocorrem em paz, mesmo mobilizando milhões.
Quando os atos acabam, o esquema é desmontado e aí começam os problemas.
Parcialidade – Jovens que nada têm com luta por emprego e
direitos começam os quebra-quebras. A mídia aproveita e destaca a confusão nos
noticiários, com a intenção clara de enganar a opinião pública sobre os reais
objetivos da mobilização.
Os jornais brasileiros de ontem, por exemplo, publicaram foto onde dois
jovens fingem uma briga, em uma montagem de dar vergonha. Nas tevês, as atenções
vão para as pedradas na polícia e as bombas da repressão. Fica a idéia de
baderna. Nunca aparecem imagens das impressionantes colunas com milhões de
pessoas lutando por seus direitos.
EUA querem o fim dos sindicatos
O ataque das forças de mercado sobre as conquistas dos trabalhadores está
atingindo um dos pontos altos nos Estados Unidos.
A Delphi, uma das maiores autopeças do país, vai solicitar uma concordata
para cancelar seus atuais contratos com os sindicatos.
A decisão só sairá em junho, mas se a empresa conseguir o que pretende
fechará mais de 20 fábricas e vai demitir 8 mil dos 32 mil trabalhadores que
emprega. Os sindicatos já responderam que se isso acontecer entram em greve
geral.
A empresa é a principal fornecedora de várias montadoras e autopeças
americanas e sua paralisação pode interromper a produção em inúmeras plantas. As
indústrias alegam que podem ter prejuízos de R$ 30 bilhões.
Mais que um confronto trabalhista, a briga envolve uma imensa batalha das
empresas americanas contra o trabalho sindicalizado.
Os patrões querem usar uma possível greve na Delphi para conseguir um corte
profundo nas conquistas dos trabalhadores americanos em troca de seus
empregos.
Depois, a mudança se estenderia para toda a indústria dos EUA, com um
violento enfraquecimento dos sindicatos.