Ônibus Elétrico: o Brasil tem condições
A redução das emissões de gases de efeito estufa é um movimento que não pode esperar.
E no debate da eletromobilidade há um consenso de que a eletrificação dos veículos pesados no Brasil, em especial no segmento de ônibus, deve passar pela capacidade das cidades brasileiras em instituir legislações que priorizem o uso do transporte sustentável. Dada a urgência dessa demanda, mais do que nunca, os agentes públicos precisam ser absolutamente assertivos em suas proposições.
Porém, o debate atual é o pleito de algumas prefeituras que, apoiadas por organizações internacionais, pedem ao governo federal para zerar a alíquota do imposto de importação de ônibus elétrico. Se confirmada, essa medida deve trazer desemprego e impedir a viabilidade de projetos de produção de ônibus elétricos já em operação, assim como projetos em desenvolvimento no país.
A demanda atual pode ser suprida pelo fornecimento interno. Fábricas como a BYD, em Campinas, que já oferece pelo menos seis modelos de ônibus elétricos, assim como a Mercedes, que apresentou em 2021 seu modelo de ônibus elétrico no Brasil, com o anúncio de investimentos da ordem de R$ 100 milhões para produzir o ônibus urbano eO500U, mostram que o Brasil pode desenvolver uma produção nacional robusta de ônibus elétricos.
Deste modo, a rota correta para o país é acelerar a implementação de ônibus elétricos urbanos por meio de uma política pública claramente orientada à produção desses veículos em solo nacional, bem como de seus componentes e subconjuntos. Nós podemos e devemos avançar nessa direção.
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