ONU: mortalidade infantil no mundo caiu 36% nas últimas décadas
A mortalidade infantil caiu 36% nas duas últimas décadas, ao passar de 12 milhões de mortes de menores de cinco anos em 1990 para 7,6 milhões em 2010, segundo relatório conjunto do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Na África Subsaariana, a região do mundo com maiores taxas de mortalidade infantil, este número caiu pela metade na última década com relação à anterior. “Este dado demonstra os grandes avanços conseguidos inclusive nas regiões mais pobres do mundo”, afirmou o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake. Ele alertou, porém, que ainda morrem 21 mil crianças por dia no mundo todo por causas que poderiam ser evitadas.
A diretora geral da OMS, Margaret Chan, declarou que a redução da mortalidade infantil depende de múltiplos fatores, como a melhoria do acesso aos serviços sanitários nas primeiras semanas de vida, a prevenção de doenças infantis, a melhoria da cobertura de imunização e dos serviços de saneamento.
O relatório adverte, no entanto, que um dos desafios para o futuro é melhorar os números de mortes de recém-nascidos e bebês, já que mais de 70% das mortes de menores de cinco anos acontecem no primeiro mês de vida e, destas, 40% ocorrem durante a primeira semana de vida.
Apesar dos progressos conseguidos, o relatório indica que ainda há grandes disparidades entre regiões, já que a África Subsaariana, onde morre uma de cada oito crianças antes de completar os cinco anos, segue tendo a proporção mais alta de mortalidade infantil do mundo, 17 vezes maior que a média dos países desenvolvidos.
A região da Ásia-Pacífico ocupa o segundo posto entre as regiões com maior mortalidade infantil, onde morrem uma de cada quinze crianças sem chegar aos cinco anos. Em 2010, cerca de metade do total de mortes de menores de cinco anos aconteceram em apenas cinco países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China.
Da EFE, via Opera Mundi