Opinião: Carros de entrada mais básicos devem ser a próxima onda

Crédito mais restrito e fuga do transporte coletivo deve aquecer segmento de entrada

A crise mundial de saúde, que impacta diretamente a economia, causará algumas mudanças inesperadas na forma como as pessoas enxergam a necessidade de ter um carro. Na China, com a retomada das vendas, um veículo pessoal passou a ser opção para fugir do transporte coletivo como forma de se resguardarem e evitar contaminação.

Nas últimas semanas, Pablo Di Si – CEO e Presidente da Volkswagen América do Sul, Luiz Carlos Moraes – Presidente da Anfavea, e também por meio de lives, Antonio Filosa, CEO da FCA América Latina, Angel Martinez – Vice Presidente da Hyundai Motor Brasil deram suas respectivas visões sobre o setor automotivo após a retomada.

Consenso também entre todos os dirigentes é o fato que daqui para frente teremos um mundo novo. A inevitável retração econômica, alta do dólar e falta de crédito já obrigaram as montadoras a repensarem estratégias de produtos. Ao mesmo tempo que comprar um carro tende a ser uma decisão secundária em meio a todos os desafios que estamos enfrentando, também já há sinais de que os novos hábitos de prevenção tendem a tornar os veículos pessoais a opção mais segura de transporte.

Com esse novo cenário, a compra do primeiro carro deixa de ser um desejo e se transforma em necessidade. Isso deve impactar muito mais os segmentos de entrada, inclusive com a possibilidade de oferta de modelos menos equipados para ficarem ainda mais acessíveis. Quem usa transporte coletivo como opção e não por necessidade, também tende a mudar de hábito.

Do Motor1