Oposição pede saída de governadora tucana

A CUT gaúcha e entidades
do movimento popular
e estudantil realizaram
ato de protesto em Porto
Alegre, em frente ao Palácio
Piratini, contra a corrupção
instalada no governo Yeda
Crusius (PSDB).

O presidente da CUT
estadual, Celso Woyciechowski,
disse que diante das
evidências, é imprescindível
que a sociedade gaúcha se
manifeste contra um dos
maiores escândalos já vivido
no Rio Grande do Sul.

De acordo com a Polícia
Federal, uma quadrilha
formada por políticos do
PSDB, PP e PMDB desviou
R$ 44 milhões do Detran
gaúcho. O líder seria o empresário
tucano Lair Ferst,
que foi um dos coordenadores
da campanha eleitoral de
Yeda Crusius, em 2006.

A crise se agravou na
sexta-feira, quando o vicegovernador
Paulo Feijó
(DEM, ex-PFL) apresentou
gravação de sua conversa
com o chefe da Casa Civil,
Cézar Busato (PPS), que
admite o uso de estatais
como o Detran, Banrisul
e Companhia Estadual de
Energia no financiamento
de campanhas políticas.

Em depoimento na
CPI do Detran, na segundafeira,
Busato chamou Feijó
de canalha, classificou a
gravação da conversa como
uma facada pelas costas e
se disse “crucificado pelas
verdades que falei”.

Já o vice-governador
disse que gravou a conversa
para se proteger e mostrar o
submundo.

Busato foi demitido.
Além dele, também ganharam
cartão vermelho o secretário
do Planejamento,
o secretário de Governo, o
chefe do escritório gaúcho
em Brasília e o comandante
da Brigada Militar.

O Ministério Público
Federal já indiciou 40 pessoas.
Na Assembléia, os partidos
que não participam do
governo de Yeda Crusius se
articulam para pedir o impeachment
da governadora ou
a antecipação das eleições.