Organização Internacional do Trabalho pede a países que criem políticas de emprego e elogia o Brasil

O diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, divulgou, ontem (17), uma atualização estatística sobre a situação do desemprego no mundo, cinco anos depois da eclosão da crise financeira –  que começou na Europa e Estados Unidos e hoje afeta todos os países. Diante da persistência do desemprego em “níveis inaceitavelmente altos”, o dirigente fez um apelo em favor de políticas de criação de empregos mais amplas, para que seja alcançado o objetivo de um crescimento econômico robusto, sustentável e equilibrado.

“Estou convencido de que se pode fazer mais. A experiência demonstra que se podem obter altos níveis de emprego e crescimento inclusivo através de uma bem elaborada combinação de políticas de apoio macroeconômico e de emprego, de políticas de mercado laboral e de proteção social planejadas para estender os benefícios do crescimento”, disse o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder.

A divulgação dos dados da pesquisa, elaborada em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi feita antes da reunião dos ministros de Trabalho e Emprego do G20, será realizada em Moscou (Rússia), hoje e amanhã (18 e 19 de julho).

Políticas exitosas

A pesquisa “Perspectivas a curto prazo e principais desafios para o mercado de trabalho nos países do G20″cita exemplos de países que tiveram êxito na geração de empregos e destaca algumas medidas adotas pelo governo brasileiro.

Entre elas, a melhora do salário mínimo, a ampliação da cobertura dos sistemas de proteção social, a concessão de subsídios para a contratação de pessoas de grupos vulneráveis e o aumento do nível de investimento em infraestrutura para promover crescimento econômico e produtividade a médio e longo prazos e facilitar a criação de emprego a curto prazo.

O relatório destaca ainda o aumento do nível de investimento em infraestrutura para promover crescimento econômico e produtividade a médio e longo prazos e facilitar a criação de emprego em curto prazo. E afirma que Austrália, Brasil, Canadá, Indonésia, Japão e África do Sul dedicaram importantes recursos para investimento em infraestrutura, o que costuma ter um alto componente de criação de emprego.

A melhora do nível de cobertura dos salários mínimos para enfrentar a pobreza e a desigualdade contribui para aumentar a demanda nacional. Vários países do G20 aumentaram os salários mínimos para combater a pobreza no emprego, como China, Brasil e Indonésia.

Do Portal Planalto