Organização mundial: Trabalhadores na Rolls Royce querem código de conduta

Um código de conduta para determinar relações da empresa com os trabalhadores, garantido direito de organização, foi a proposta apresentada pelos companheiros na Rolls Royce durante encontro do Conselho Global de Representantes da empresa, que aconteceu na Inglaterra no final de abril.

Rogério Fernandes, da Comissão de Fábrica de São Bernardo e agora representante brasileiro no Conselho, disse que a multinacional tem uma política mundial de RH, mas que não permite a interferência sindical. “Precisamos avançar nesse campo para poder ter mais espaços de negociação. Hoje, o Conselho Mundial é apenas um avalista da política da empresa”, explicou Rogério.

Segundo ele, com um código de conduta como o que existe na Mercedes Benz, por exemplo, os trabalhadores contariam com um mecanismo de proteção contra qualquer tipo de precarização e poderiam garantir que na contratação de fornecedores e de terceiros os direitos trabalhistas seriam sempre respeitados.

Acordo mundial – Os trabalhadores esperam uma resposta para setembro, quando haverá nova reunião mundial. “O importante é que o código abre a possibilidade de negociação do nosso primeiro acordo mundial”, disse Rogério. Antes, o representante brasileiro no Conselho era Vicente José dos Santos, do Comitê Sindical.

Na ida a Inglaterra eles também defenderam investimentos na planta brasileira e fizeram intercâmbio com o Amicus, sindicato nacional que reúne trabalhadores de 23 setores, inclusive metalúrgicos.

“Estreitar relações é estratégico. Nós também poderemos atravessar uma situação semelhante a dos companheiros na Volks”, finalizou Rogério.