Os 40 anos do golpe que sangrou o Brasil

O presidente da República, Jânio Quadros, renunciou inesperadamente em 25 de agosto de 1961. Em seu lugar devia assumir o vice, o progressista João Goulart, o Jango, que visitava a China naquele momento. Expressivos setores das Forças Armadas, porém, tentaram impedir que ele voltasse para tomar posse.

O Brasil ficou dividido sobre a posse. Os trabalhadores apoiaram através de uma greve nacional que daria origem ao Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

Destacou-se também a cadeia da legalidade, que eram programas de rádio ouvidos por todo o País. Ela foi organizada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, e mobilizava a população na defesa de Jango.

Já a Escola Superior de Guerra (ESG) agrupou os militares golpistas. E os civis contrários à posse – principalmente empresários, donos de terra e de jornais – se organizaram no Instituto de Políticas Econômicas e Sociais (IPES) e no Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD).

Estavam em confronto duas concepções sobre o futuro do País. É nesse cenário que surgiram os principais atores que comandariam a cena nacional até o golpe militar em 31 de março 1964.