Os brasileiros se renderam aos carros chineses?

Segundo dados da Webmotors, houve um aumento de 220% na busca por veículos chineses entre os anos de 2021 e 2023

A presença cada vez maior das montadoras chinesas no mercado automotivo do Brasil tem intensificado a concorrência. Marcas nacionais e tradicionais enfrentam agora o desafio de manter sua relevância diante de novos padrões de inovação e preços mais competitivos dos carros chineses. Segundo dados da Webmotors, uma das principais plataformas online para compra e venda de veículos no Brasil, houve um aumento de 220% na busca por veículos chineses entre os anos de 2021 e 2023.

Esse crescimento é estimulado por fatores como inovações tecnológicas e foco em sustentabilidade. A primeira montadora chinesa a se estabelecer no Brasil foi a Chery, que iniciou suas operações em 2009, com sede em Salto, São Paulo. Em 2017, a empresa passou a se chamar CAOA Chery, após uma parceria com a CAOA. Assim, a CAOA Chery se tornou uma das montadoras chinesas mais bem estabelecidas no Brasil.

A GWM, que iniciou a produção local no Brasil com sua fábrica em Iracemápolis, São Paulo, está lançando modelos que combinam design moderno e tecnologias híbridas. Por outro lado, a BYD entrou no mercado brasileiro em 2015, mas foi nos últimos anos que a montadora chinesa realmente chamou a atenção dos brasileiros. De acordo com dados da Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA), as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in para o Brasil cresceram 13 vezes em comparação com o ano anterior, atingindo 40.163 unidades em abril.

Consequentemente, o Brasil, que em janeiro ocupava a décima posição entre os maiores destinos de veículos eletrificados chineses, superou a Bélgica e agora é o principal destino desses carros.A expansão dessas marcas não se limita apenas à inovação tecnológica. Para empresários e investidores, surgem novas oportunidades de negócio em parcerias e desenvolvimento de tecnologias voltadas à eletrificação e à sustentabilidade. Dessa forma, as montadoras chinesas oferecem não só novos produtos, mas também novas abordagens de mercado.

Da Exame