Os catadores de lixo
A globalização e a introdução de novas tecnologias nos processos produtivos têm criado riqueza para poucos e aumentado o desemprego para muitos, principalmente para aqueles que não atendem às habilidades exigidas pelo mercado. Para sobreviver, estes excluídos estão criando novas alternativas de trabalho. Os catadores de lixo são um exemplo disso.
O trabalho do catador de lixo nem sempre é bem visto pela sociedade. Podemos notar ao caminhar pelas ruas o olhar da maior parte das pessoas, algo que perpassa de sentimentos humanitários à repulsa. É uma imagem provocadora, pois expõe de forma pública a pobreza.
Exemplo
Apesar de toda discriminação, a atividade que o catador de papel ou material reciclável realiza é muito importante para a sociedade e o meio ambiente. Diadema é uma das cidades que reconhece esta importância. Segundo a Revista Livre Mercado, desde fevereiro a Prefeitura remunera os trabalhadores que puxam carrinhos pelas ruas. O programa Vida Limpa organiza a coleta feita pelos trabalhadores marginalizados, organizandoos em cooperativas.
Crescer
Ao todo, são 52 catadores de cinco cooperativas instaladas na Vila Popular, Piraporinha, Jardim Inamar e Vila Nogueira. A renda mensal dos trabalhadores varia entre R$ 300,00 e R$500,00.
O objetivo agora é negociar com grandes empresas. A cooperativa dos catadores da Vila Popular, por exemplo, está finalizando um acordo com a Suzano Papel e Celulose para vender papéis e papelão.
São verdadeiros agentes comunitários na construção de uma nova cultura: a de separar o lixo e de reciclá-lo. O meio ambiente, com certeza, agradece.
Subseções Dieese do Sindicato e CUT Nacional