Os desafios de um novo tempo

Dos vários desafios que o governo eleito tem para comandar o país nos próximos quatro anos, a agilidade nas negociações com o Congresso Federal é colocada à prova antes mesmo da posse em 1º de janeiro de 2023. Os compromissos de campanha do presidente Lula esbarram num orçamento reduzido e absolutamente comprometido.

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Dentre os vários temas em discussão a equipe de transição do presidente Lula está empenhada em garantir já para o orçamento de 2023 recursos para a correção do salário mínimo acima da inflação, o que não acontece desde 2019. É uma medida importante, pois deve recuperar o poder de compra de mais de 24 milhões de aposentados e 33 milhões de trabalhadores.

Outro destaque é a manutenção do Auxílio Brasil, rebatizado de Bolsa Família, no valor de R$ 600, um acréscimo de quase 50% em relação aos R$ 405 previsto pela lei orçamentária para 2023.

Por fim, a equipe de transição negocia com o atual Congresso Nacional a aprovação de uma nova faixa de isenção do Imposto de Renda que pode desonerar cerca de 25 milhões de trabalhadores que ganham até R$ 5 mil.

Todas essas medidas somadas as contas deixadas pelo atual governo, que aumentaram principalmente no ano de eleição, têm como empecilho os limites do teto dos gastos. O movimento sindical brasileiro sempre apontou as fragilidades dessa política que agora precisa ser flexibilizada.

Portanto, a aprovação da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, que busca as garantias legais para a elevação dos gastos públicos de forma extraordinária, pode marcar uma nova época para a retomada do Brasil.

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