Os indicadores da exclusão social

Apenas 200 cidades brasileiras (3,6% do total) oferecem a seus moradores padrão de vida adequado. Este é o resultado da pesquisa que mediu o índice de exclusão social nas cidades. Para chegar a este índice, os pesquisadores consideraram três componentes.

Primeiro, um padrão de vida digno, onde foram considerados os índices de pobreza dos chefes de família, emprego formal e desigualdade dos níveis de renda.

Segundo, o nível de conhecimento, calculado com base no índice de anos de estudo e de alfabetização da população. Terceiro, o risco juvenil, calculado de acordo com o índice de concentração de jovens e índice de violência.

A exemplo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o Índice de Exclusão varia de 0 (exclusão absoluta) a 1 (inclusão total). São extremos apenas teóricos.

O pior resultado brasileiro é obtido por Jordão (AC), com o índice 0,230. E o melhor se encontra em São Caetano do Sul (SP), com 0,864.

Segundo o Atlas da Exclusão Social, que contém os resultados da pesquisa, São Paulo registra a 30ª melhor posição entre todos os municípios, com Índice de Exclusão Social de 0,667. Chega a esse patamar com o auxílio de bons resultados em alfabetização (0,911), menor pobreza (0,803) e boa parcela da população jovem (0,792). Mas tem, ao mesmo tempo, índices muito ruins de desigualdade social (0,485) e emprego com carteira assinada (0,368).

O Rio está mais bem colocado que São Paulo, com 0,694. Também vale para Belo Horizonte, com 0,710. Mas são piores que os paulistanos os índices de Salvador (0,597) e Recife (0,594).

Departamento de Formação