Os negros segundo o IBGE
Alguns números da Síntese de Indicadores Sociais 2004, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre o período 1993 a 2003, divulgados semana passada:
Raça assumida
Caiu de 54,3% para 52,1% o número de pessoas que se declararam brancas, aumentou de 5,1% para 5,9% aqueles que se declararam negros e de 40% para 41,4% os que se consideraram pardos.
Menos analfabetismo
Os negros e pardos apresentaram melhor desempenho frente aos brancos quanto a redução do analfabetismo, apesar de ainda estarem em desvantagem. O número de negros (16,9%) e pardos (16,8%) analfabetos ainda é o dobro do verificado entre os brancos (7,1%).
Salário menor
A média salarial dos brancos com carteira assinada foi de R$ 890,00, em 2003, e sem carteira assinada, de R$ 520,90. Os trabalhadores negros e pardos receberam, em média, salários de R$ 536,60, com carteira assinada, e R$ 297,60, sem carteira assinada.
Emprego equilibrado
Os indicadores mostraram o percen-tual dos empregados brancos (49,5%) em equilíbrio com negros ( 45,8%).
Menos patrões negros
O número de empregadores brancos passou de 4,8% para 5,8%. Em 2003, apenas 2,2% dos negros e pardos conseguiram alcançar a posição de empregadores.
Em casa
A pesquisa do IBGE também apontou uma desigualdade significativa na proporção de trabalhadores domésticos entre brancos, que ficou em 6,1%. Para negros e pardos foi de 9,6%.