Os trabalhadores e a Bolsa de Valores
Você acha positivo as empresas pagarem PLR na forma de ações? Se o prêmio fosse um pouco maior, você aceitaria receber em ações ao invés de dinheiro?
A questão está na ordem do dia. Uma das metas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é popularizar o mercado de ações no Brasil.
O Plano é ambicioso. A idéia é mirar no exemplo dos EUA, onde é forte a participação dos trabalhadores e dos seus sindicatos em investimentos neste mercado.
Para a empresa o plano pode ser positivo por vários motivos. Com a PLR, a empresa fica dispensada de encargos trabalhistas, pode lançar e difundir suas próprias ações e não terá que desembolsar imediatamente recursos financeiros.
Para o trabalhador poderá ou não ser vantajoso, dependendo da negociação do valor do prêmio e da possibilidade de aplicação em ações seguras e de maior rentabilidade.
O trabalhador deve saber que o investimento em bolsa é de risco. Pode dar uma alta margem de rentabilidade ou não. E, por definição, é um investimento de longo prazo, cinco ou seis anos.
Não se compram determinadas ações quando elas passam a interessar a todos, nem se vendem quando ninguém tem interesse por elas. É preciso tempo – digamos, cinco ou mais anos – para se ganhar algum dinheiro neste mercado.
A Bovespa propõe também que o trabalhador utilize parte do FGTS em aplicações neste mercado. Esta experiência se iniciou no governo anterior com ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce.
Mas a PLR na forma de ações seria um dos poucos itens que não precisaria de mudança na legislação. Basta que empresas e trabalhadores se interessem em negociar .
Suponha, então, que você tenha duas propostas: uma que paga R$ 500,00 anuais em dinheiro e a outra que paga R$ 800,00 em ações, que vão render num período mais largo de tempo. Avalie o risco e faça sua escolha.
Subseção DIEESE-CUT Nacional
Subseção DIEESE-Sindicato dos Metalúrgicos do ABC