Os veículos que mais dependem das vendas diretas

Enquanto 92% dos licenciamentos do Fiat Mobi se devem à modalidade, somente 12% dos Honda HR-V foram negociados diretamente

As vendas diretas responderam por 47,8% dos licenciamentos de automóveis e comerciais leves no primeiro quadrimestre, 2,5 pontos porcentuais a mais do que em igual período do ano passado. O peso dessa modalidade de negociação, entretanto, tem sido consideravelmente maior no caso de alguns modelos. Dos dez veículos mais vendidos no Brasil de janeiro a abril, nada menos do que cinco têm índices bem superiores. Alguns têm negócios no varejo com praticamente participações marginais.

É o caso do compacto Fiat Mobi. De cada dez unidades vendidas do hatch, nove foram por meio de negociação direta. O hatch da Fiat alcançou um total de 20,4 mil licenciamentos, 18,7 mil por meio das vendas diretas. Outros representantes da Fiat também estão entre os veículos mais dependentes da modalidade. O Argo teve 74% das cerca de 20,8 mil unidades negociadas diretamente, enquanto na Strada, líder do mercado com 39,3 mil licenciamentos nos primeiros quatro meses, a participação chegou a 65%.

O Volkswagen Polo, carro de passeio mais vendido, também ficou acima da média do mercado. Perto de 18,4 mil das 32,8 mil unidades emplacadas deveram-se às vendas diretas, 56%. Dos cinco modelos restantes do top 10 do mercado nacional, o Hyundai HB20 é o único que iguala praticamente a média, com 47% de 21,3 mil unidades negociadas. O Volkswagen T-Cross ficou próximo, 45% de 26,5 mil veículos entregues.

O Chevrolet Onix teve quase 8,6 mil licenciamentos, 40% do total de 21,5 mil unidades, efetuados após negociação direta, enquanto a fatia do Toyota Corolla Cross limitou-se a 33%, somente 6,3 mil unidades. Honda HR-V e Hyundai Creta, dois dos quatro SUVs presentes entre os dez modelos mais vendidos no País em 2025, são os veículos que menos dependem de um “CNPJ” para chegar às ruas.

Do AutoIndústria