Pacote do carro popular agrada montadoras e pode influenciar próximos lançamentos

Fabricantes de veículos esperam que tempo de vigência dos incentivos seja de no mínimo um ano

O pacote de medidas que deve viabilizar veículos mais baratos no Brasil, parcialmente apresentado na quinta-feira, 25, por interlocutores do Governo Federal e da Indústria, foi bem recebido pelas montadoras. Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da associação que representa as fabricantes, a Anfavea, a possibilidade de renúncia fiscal agrada, e ainda há expectativa em torno do tempo de vigência dos incentivos.

Os 12 meses, sob a ótica das montadoras, são estratégicos para as fabricantes pelo menos por duas razões mais aparentes: tempo hábil para articular investimentos com as matrizes e, também, para preparar lançamentos que se enquadram nas especificações do governo – que versam sobre preço, eficiência energética e nível de conteúdo nacional de componentes.

“Lembrando que alguns modelos podem, inclusive, ser lançados pelas montadoras neste período. Montadoras que não tinham um modelo nesse segmento [também] podem perfeitamente fazer um lançamento para atender ao consumidor”, contou o presidente da Anfavea. O Ministério da Fazenda pediu 15 dias para apresentar um modelo tributário definitivo para o pacote do carro popular, mas o consumidor já poderá fazer nas concessionárias reservas de veículos com vistas a esses benefícios futuros.

A respeito da concessão de crédito, um dos pilares do pacote do carro popular, o presidente da Anfavea informou na reunião em Brasília de ontem, foram mantidas discussões com Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil. O papo girou em torno da criação de linhas de crédito mais acessíveis e não avançou mais do que isso. Por fim, o representante das montadoras falou a respeito do processo de homologação dos modelos que venham a ser contemplados pelo pacote de incentivo fiscal.

Do Automotive Business