Pacote habitacional vai gerar 2,4 milhões de empregos até o fim de 2010, diz Caixa
Medidas de incentivo visam construir um milhão de moradias populares. É prevista, ainda, a criação de 1,1 milhão de empregos em 2011
A Caixa Econômica Federal, principal responsável por implementar o novo pacote habitacional do governo, estimou a criação de 2,4 milhões de empregos até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, até o encerramento de 2010.
A instituição lembrou que, do investimento total de R$ 60 bilhões previstos na construção de um milhão de moradias populares, R$ 34 bilhões são subsídios.
“A estimativa é que esses recursos gerem cerca de 800 mil novos empregos em 2009, 1,6 milhão de novos postos de trabalho em 2010 e 1,1 milhão em 2011”, informou a Caixa.
Segundo a presidente da instituição financeira, Maria Fernanda Ramos Coelho, esses empregos criados também representam famílias em condições de adquirirem as moradias.
“Esse processo se retroalimenta, ou seja, gera novos empregos e novas demandas”, disse ela. Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou que o pacote habitacional resultará em um impulso de dois pontos percentuais para o PIB durante seu período de implementação.
Investimentos
A Caixa informou que, dos investimentos totais de R$ 60 bilhões previstos, sendo R$ 34 bilhões subsidiados, R$ 20,5 bilhões virão da União e R$ 7,5 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Somente para as famílias com renda de até três salários, o aporte financeiro será de R$ 16 bilhões, informou.
Para o grupo que está na faixa salarial entre três e seis salários mínimos, haverá cerca de R$ 10 bilhões de subsídios, sendo R$ 2,5 bilhões recursos da União e R$ 7,5 bilhões do FGTS. As famílias com renda mensal de três a dez salários mínimos, contarão com o benefício do Fundo Garantidor e também da isenção do pagamento dos prêmios de seguro.
Lula diz que pacote habitacional precisa de tempo de maturação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida precisa de um “tempo de maturação” para que a população possa perceber os primeiros resultados. “É um desafio para o governo, para as prefeituras, para os estados, para os empresários”, disse, em seu programa semanal Café com o Presidente, ao se referir à promessa de construção de 1 milhão de casas.
Para Lula, o pacote habitacional vai permitir “aperfeiçoamento” e “amadurecimento” ao País. Ele destacou que o objetivo do plano é abrir caminho para “respostas” ao déficit habitacional brasileiro e para os níveis de desemprego, sobretudo em tempos de crise financeira internacional. O programa destina-se ao público com faixa de renda entre três e dez salários mínimos. Estima-se que, nessa faixa de renda, exista um público-alvo de 4 milhões de pessoas, na base de clientes do Banco do Brasil, um dos financiadores do projeto.
“As exportações têm diminuído em todos os países. Todo mundo vai comprar apenas o necessário e isso cria problema em vários setores”, afirmou o presidente. Ele lembrou que a estratégia do governo brasileiro é fortalecer o mercado interno, com destaque para investimentos no setor automobilístico e de infra-estrutura e para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Do G1, com informações da Agência Brasil