Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 215 bilhões na economia do país
Até dezembro de 2020, o pagamento do 13º salário tem o potencial de colocar cerca de R$ 215 bilhões na economia brasileira, de acordo com estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
No total, cerca de 80 milhões de brasileiros serão favorecidos com o benefício. A média do valor é de R$ 2.458. Entram na conta trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União, estados e municípios.
Segundo o Dieese, a projeção é do volume total de 13º salário que entra na economia ao longo do ano e não, necessariamente, nos dois últimos meses de 2020. Entretanto, o princípio é que a maior parte do valor referente ao 13º seja paga no final do ano.
O setor de serviços, incluindo a administração pública, é responsável por 64,7% do total. Os trabalhadores na indústria respondem por 17%, comerciários, 13,2%.
Por região
A parcela mais expressiva do 13º salário (48,5%) deve ser paga nos estados do Sudeste. No Sul, devem ser pagos 16,8%; Nordeste receberá 15,4%; Centro-Oeste terá 8,4% e Norte, 4,7%.
O Estado de São Paulo deverá ter cerca de R$ 61,8 milhões, quase 28,7% do total do 13º salário do país e 59% da região Sudeste. São cerca de 21 milhões de pessoas beneficiadas.
O cálculo foi feito com dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia. Também foram consideradas informações da PnadC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.