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Em 1995, o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, aprofunda o processo de abertura da economia iniciado por Collor, colocando o País inteiramente sob políticas neoliberais.
Na contracorrente, o Sindicato organiza a manifestação Sem Peças o Brasil não Anda.
A campanha Brasil Diz, Emprego, de 1997, prossegue com as denúncias contra as políticas neoliberais do governo FHC.
As medidas provocam sucessivos cortes nos postos de trabalho e levam o Brasil a uma das maiores crise de emprego de sua história.
O corte dos postos de trabalho continua sendo o grande problema da categoria. A Maratona pelo Emprego, em 1988, mobiliza em um
só dia 40 assembleias simultâneas em porta de fábricas, 28 palestras em bairros, igrejas e escolas, carreatas e vários debates no Sindicato.
Trabalhadores na Ford lutam contra 2.800 demissões anunciadas pela empresa. Movimento de 45 dias no início de 1999 colocou os metalúrgicos do ABC no centro da resistência contra o desemprego.
Em um dos atos, trabalhadores forçam a entrada e ocupam a fábrica exigindo trabalhar.
Em junho de 2000, os metalúrgicos desencadeiam movimento em defesa da assinatura do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho
para impedir que se pague salários diferentes para o mesmo serviço. A partir daí, as campanhas salariais começaram a ganhar
organização nacional e assim continuam até hoje.
Após uma semana de greve contra sete mil demissões, em novembro de 2001, os trabalhadores na Volks em São Bernardo aprovam acordo
que suspende as dispensas e garante novos investimentos na planta.
Negociação feita na Alemanha mostra uma luta globalizada, nova face da ação sindical diante da reorganização mundial da produção.
Luiz Inácio Lula da Silva, duas vezes presidente do Sindicato durante as grandes mobilizações do final da década de 1970 e início dos anos 1980, é eleito presidente da República com mais de 30 milhões de votos. Torna-se o primeiro operário a ocupar o posto no Brasil.