País criou 152 mil vagas formais em janeiro, mostra Caged
Valor não é recorde histórico para meses de janeiro, mostram números. Em todo ano passado, país abriu 2,5 milhões de vagas formais
Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta quinta-feira (24) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 152.091 empregos com carteira assinada em janeiro deste ano.
Segundo o Ministério do Trabalho, o valor não representa recorde para o mês de janeiro. Até o momento, a maior criação de empregos formais para o primeiro mês do ano foi registrada em 2010 – quando foram abertas 181.419 postos de trabalho com carteira assinada.
O Ministério do Trabalho informou que este é o segundo melhor resultado para meses de janeiro da série histórica do Caged, que tem início em 1992, o que demonstra, em sua visão, a “continuidade do bom dinamismo do mercado de trabalho”.
“Não teve desaceleração [em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2010]. Teve adequação do mercado. Você tinha o mercado de trabalho, em janeiro de 2010, repetindo a retomada do crescimento, do fortalecimento da economia pelas demissões que aconteceram em 2009. Você tem quadros comparativos diferentes. Em 2010, teve um ano muito forte no começo, e começou a se adaptar em setembro e outubro”, avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Desemprego
Mais cedo, também nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas monitoradassubiu de 5,3% em dezembro de 2010 para 6,1% em janeiro de 2011. Mesmo com essa avanço, a taxa foi a menor para meses de janeiro, desde 2003.
Diferentemente da pesquisa do IBGE, que mostra a taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas e inclui postos formais e informais, o Caged indica apenas as vagas formais criadas em todo o país.
Ano passado e previsão para 2011
Em todo ano passado, os números do governo mostram que foram criados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada no país, novo recorde histórico. Porém, a meta foi atingida somente com mudanças no formato de divulgação dos dados do Caged, que passaram a incorporar, no mesmo ano, as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.
Para 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, Lupi manteve a previsão de que serão criadas três milhões de vagas formais (novo recorde) apesar do corte de gastos de R$ 50 bilhões anunciado e da subida da taxa básica de juros esperada pelo mercado financeiro. Essas medidas buscam conter o crescimento da inflação.
Questionado porque o emprego formal iria expandir, na direção contrária o ciclo econômico de desaceleração da economia (com crescimento do PIB acima de 7,5% em 2010 desacelerando para cerca de 4,5% a 5% neste ano), o ministro do Trabalho afirmou que a “análise do mercado de trabalho é diferente da macroeconomia”.
“O crescimento da economia em 2009, foi negativo [retração de 0,6% do PIB] e, mesmo assim, cerca de um milhão de empregos foram gerados. Neste ano, continua sendo muito forte o setor de serviços, o comércio e a construção civil. A indústria vai continuar em seu patamar de crescimento próximo de 2010”, declarou Lupi.
Do G1