“País vai voltar a crescer e gerar empregos com investimentos em obras, saúde e educação”

Em ato do 1º de maio das centrais sindicais, em São Paulo, presidente Lula reafirma compromisso com a classe trabalhadora

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os Metalúrgicos do ABC, junto a CUT e demais centrais sindicais, celebraram na segunda-feira, dia 1°, a luta pela retomada do diálogo e direitos no Dia do Trabalhador e Trabalhadora, realizado no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista.

Foto: Adonis Guerra

No ato político, o presidente Lula reafirmou seus compromissos com a classe trabalhadora ao dizer que o país vai voltar a crescer e gerar empregos com investimentos em obras, saúde e educação. Ao anunciar a volta da política de valorização do salário mínimo, que nos governos do PT registrou 74% acima da inflação, e o novo valor de R$ 1.320 a partir deste mês de maio, Lula reforçou o importante papel do piso nacional na retomada da economia.

“O trabalhador ganha, o cidadão do comércio que vende cachorro-quente, pastel, que vende comida ganha porque o trabalhador tendo mais dinheiro ele compra mais, comprando mais o comércio vai gerar emprego e vai encomendar coisas da indústria, a indústria vai gerar emprego e vai começar a funcionar a roda gigante na economia. Todo mundo começa a ganhar, até os ricos”, declarou.

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Foto: Adonis Guerra

Sobre o imposto de renda, que a partir de agora será isento de desconto quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640), Lula prometeu que até o final deste mandato a isenção chegará a R$ 5 mil. “Ninguém vai pagar mais um centavo de imposto de renda até esse limite”, afirmou.

No início do discurso, Lula agradeceu o terceiro mandato presidencial dado a ele pela classe trabalhadora para consertar o país e para que os brasileiros e brasileiras voltem a sorrir e serem alegres. Segundo o presidente, o nosso povo não vai permanecer vítima do ódio.

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“A gente quer que as pessoas voltem a ser humanistas, que as pessoas se abracem e conversem. A gente não pode viver no mundo onde andar de vermelho é visto como inimigo do inimigo, a gente não pode mais aceitar a ideia de que você está no restaurante e alguém lhe ofenda, a gente não pode aceitar a ideia de que é proibido dizer que é de esquerda nesse país”, disse.

Selic

Segundo o presidente da CUT, Sérgio Nobre, o movimento sindical fará uma campanha permanente contra as altas taxas de juros no país que hoje está em 13,75%, por decisão do Banco Central, que se tornou independente do governo federal no ano passado. Para Nobre, o Brasil precisa voltar a crescer de forma vigorosa, gerar emprego que o povo precisa, acabar com a fome novamente e, para isso, tem de cair a taxa de juros e Campos Neto deixar a presidência do Banco Central.

“Campos Neto está sabotando o crescimento do país com a taxa de juros de 13,75%. Por isso, presidente Lula, o movimento sindical está em campanha permanente contra os juros altos”.

Luta

Sérgio Nobre ressaltou que este 1º de maio é histórico por ocorrer poucos meses após a espetacular vitória nas eleições do presidente Lula, com uma força simbólica. O presidente da CUT destacou ainda a liderança de Lula no mundo em defesa da paz e da classe trabalhadora e de seus direitos.

“A classe trabalhadora no mundo inteiro acompanhou as eleições brasileiras porque a vitória de Lula mostrou uma voz em defesa da democracia, dos direitos humanos e nós queremos mostrar ao presidente Lula, ao lado do seu povo, dos movimentos social e populares, que o Brasil voltou e reencontrou seu caminho no desenvolvimento da democracia”, declarou.

Com informações da CUT.