Países Baixos investem em infraestrutura para massificar carros elétricos
Plano é eliminar carros a combustão já em 2030, cinco anos antes do resto da Europa
Desde que a Europa estabeleceu um plano para eliminar completamente as vendas de carros a combustão até 2035, as montadoras entraram numa corrida para lançar seus modelos elétricos e abocanharem sua fatia desse novo mercado. Só que a realidade se mostrou diferente: a adoção dos elétricos no Velho Continente está acontecendo muito mais lentamente do que o esperado. Com isso, várias montadoras revisaram suas estratégias e pediram a liberação dos carros híbridos depois de 2035.
Mas há uma nação onde a história está sendo diferente: os Países Baixos. Atualmente, o país está em quarto lugar entre os países europeus com maior penetração dos elétricos — eles são 35% da frota. A Noruega lidera o ranking com 89% de participação de mercado dos carros elétricos. No entanto, os Países Baixos possuem a maior infraestrutura de recarga de carros elétricos (e eletrificados) do continente.
Um novo levantamento do site Clean Technica mostra que o país tem 157 mil carregadores para uma população de 18 milhões de pessoas. Isso dá uma média de 10 carregadores a cada mil habitantes – a maior proporção da Europa. Até o final de 2025, o objetivo é chegar a 200 mil pontos. Para efeito de comparação, o Brasil inteiro (um país muito maior, diga-se) tem apenas 16.880 pontos de carregamento, segundo o levantamento mais recente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Por lá, o governo resolveu não esperar a demanda surgir para criar a infraestrutura: agiu antecipadamente para incentivar os consumidores a comprarem seus carros. Ao instalar pontos de recarga, o governo alivia imediatamente um dos maiores receios dos compradores: a sensação de baixa autonomia dos elétricos. Outro ponto importante a ser ressaltado é que os Países Baixos adotaram metas mais agressivas do que a Europa como um todo: em vez de 2035, o plano é eliminar os carros a combustão já em 2030. Isso inclui não só os veículos leves, mas também os de transporte de passageiros (ônibus) e os de carga (caminhões).
Do Automotive Business