Países pobres querem novas relações mundiais
Reunidos em Cuba, 118 países retomam o Movimento dos Não-Alinhados, que é uma contraposição à ordem imposta pelos países mais poderosos.
Reunião defende retomada do movimento
– Terminou na madrugada de domingo a 14ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados (Noal). No encerramento da reunião realizada em Cuba, os 56 governantes e delegados dos 118 países do grupo assinaram cinco documentos que estabelecem as bases para a retomada do movimento, criado em 1961.
Os documentos foram aprovados por consenso e incluem respaldo a Bolívia, Venezuela e Cuba em relação aos Estados Unidos, apoio ao programa nuclear iraniano e condenações a Israel pelas agressões ao Líbano e a ocupação do território palestino.
O presidente de Cuba, Fidel Castro, que se restabelece de uma cirurgia no intestino e não pôde comparecer, foi escolhido para a presidência do Noal para os próximos três anos. É a segunda vez que ocupa o posto. Raúl Castro, que substitui o irmão interinamente, encerrou o encontro na qualidade de presidente da reunião.
“As iniciativas aprovadas confirmam a identidade, a razão de ser e a vigência do Noal, que nos permitirão dar um passo adiante no que constitui um objetivo e empenho comum: sua revitalização de tal forma que possa desempenhar um papel nas relações internacionais”, afirmou o presidente cubano em exercício.