Palestra no Sindicato discute como a relação Brasil-China pode beneficiar o desenvolvimento dos dois países

A luta é por 2% de aumento real. Já são mais de 13 mil trabalhadores contemplados em 101 empresas

Toda a categoria e demais interessados estão convidados a participar da palestra “Made by China 2025: impactos na indústria, agropecuária, empregos e salários no Brasil”, no próximo dia 26, às 18h, no Sindicato. O tema será abordado pelo profissional de marketing e geógrafo, Milton Pomar, que na ocasião também lança seu livro “O sucesso da China socialista – 1949-2025: de país muito pobre a maior economia mundial”.

Milton Pomar, que trabalha com a China há 26 anos, é “embaixador da amizade” das províncias de Shandong e de Liaoning e representante no Brasil da Associação Nacional de Agricultura Familiar da China, defende que a reindustrialização do Brasil depende do país asiático.

“O Brasil precisa da China para a construção de 30 mil km de ferrovias, que permitam à indústria brasileira ter competitividade internacional, e na alteração das trocas comerciais, que possibilitem ao país exportar mais produtos industrializados e menos produtos primários”.

O especialista reforça ainda o fato de a China avançar rapidamente na modernização da sua indústria, que é mais de 20 vezes maior do que a do Brasil. Enquanto o Brasil vende minério de ferro para a China a US$140 a tonelada, ela vende trilhos para ferrovias para nós, a US$900 a tonelada. 

Segundo ele, a palestra tem o intuito de informar e debater a respeito das atuais “revoluções” da China, como a utilização do Yuan nas transações comerciais e financeiras com outros países; transição do “Made in China” para o “Made by China”; avanço vertiginoso da robótica; envelhecimento populacional; conectividade mundial via “Cinturão e Rota”; redução da pobreza; modernização agrícola.

Também abordará quais os seus possíveis efeitos na economia brasileira, e na região do ABC em particular, e o que o movimento sindical pode fazer, a nível regional, estadual e nacional, para que a relação Brasil-China seja boa para o desenvolvimento dos dois países.