Papa Francisco abençoa e manda terço a Lula
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Na última segunda-feira, 11, o advogado argentino Juan Grabois, coordenador do encontro mundial dos movimentos sociais em diálogo com o Papa Francisco, esteve em Curitiba, mas foi proibido pela Polícia Federal de visitar o ex-presidente Lula. Juan deixou um terço abençoado pelo Papa e queria também deixar algumas palavras do Santo Padre ao ex-presidente.
Após polêmicas envolvendo a visita, o site oficial do Vaticano emitiu comunicado reconhecendo Juan Grabois como consultor do Papa e deletou a nota em que negava que o Papa Francisco havia enviado a Lula um terço. Juan, que já visitou presos em situações similares em outros lugares, declarou que jamais passou por uma situação dessa.
“Vim com muita esperança da parte do encontro mundial para trazer uma mensagem ao ex-presidente Lula e lamentavelmente, de maneira inexplicável, os funcionários da Superintendência por uma ordem, segundo entendi que partiu de cima, decidiram cercear o direito do ex-presidente Lula e meu direito de ter um encontro com ele, com o argumento de que não teria caráter religioso o encontro”, reforçou.
“Devo dizer que estou muito preocupado com a situação do ex-presidente e considero que estamos diante de um caso evidente de perseguição política e onde há uma deterioração da democracia no Brasil. Essa inexplicável negativa de permitir uma visita que estava acordada de antemão é parte também de um processo de degradação da institucionalidade não só no Brasil, mas em diversos países da América Latina”, completou.
Nos Estados Unidos
Durante o 37º Congresso dos Metalúrgicos Norte-Americanos da UAW, em Detroit, Estados Unidos, que teve início domingo, 10 e termina hoje, o vice-presidente do Sindicato e presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, também denunciou a prisão política de Lula.
“Solidariedade internacional é vital para pressionar as autoridades brasileiras na libertação do ex-presidente Lula. O companheiro Lula foi preso sem provas. Foi preso porque distribuiu renda, porque colocou negros e pobres nas universidades e porque acabou com a fome no Brasil”.
No México
No último dia 9, o Coletivo Regina de Sena México-Brasil contra o Golpe também pediu a liberdade do ex-presidente e fez o pré -lançamento da candidatura de Lula, no centro da Cidade do México.
O nome do coletivo é uma homenagem à brasileira Regina de Sena, sindicalista e ex-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, falecida em 14 de dezembro do ano passado no México, onde vivia há mais de 10 anos.
Da Redação.